China busca fortalecer alianças militares após Vietnã se alinhar com Ocidente

22/06/2016 12:34 Atualizado: 22/06/2016 12:34

O Partido Comunista Chinês (PCC) fez uma série de anúncios em 24 e 25 de maio que está aprofundando seus laços militares com vários países vizinhos, incluindo a Rússia, Tailândia, Myanmar (antiga Birmânia) e Malásia.

Num momento diferente, pareceria apenas que o PCC deu passos rápidos e bem-sucedidos em sua diplomacia. Mas neste caso, a ocasião é importante. Todos estes acordos ocorreram um ou dois dias após o presidente americano Barack Obama se reunir com o líder vietnamita Tran Dai Quang em 23 de maio e terminar oficialmente o embargo de armas dos EUA contra o Vietnã.

Em 25 de maio, o PCC juntou-se à “Reunião Informal dos Ministros de Defesa da China-ASEAN” que ocorreu no Laos. Em 24 de maio, o PCC realizou a “18ª Rodada da Consulta Estratégica-Militar China-Rússia”, segundo a mídia China Military Online.

Reportagens da mídia estatal chinesa disseram em 25 de maio que Myanmar prometeu aprofundar a cooperação militar com a China; Tailândia prometeu melhorar suas relações militares com a China; e a Malásia anunciou que reforçaria sua cooperação naval com a China.

Durante as reuniões de 24 de maio em Pequim, Rússia e China discutiram estratégia e cooperação militar. A reunião foi entre Jianguo, o vice-chefe do Departamento de Estado-Maior do Comitê Militar Central da China, e o Tenente-General Sergey Rudskoy, o vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia (EMFAR) e chefe do Comando Principal de Operações do EMFAR.

China e Malásia também realizaram outras reuniões conjuntas em 24 de maio, quando concordaram incrementar a cooperação de defesa. De acordo com a Xinhua, a reunião foi entre Xu Qiliang, o vice-presidente do Comitê Militar Central da China, e Dato’ Seri Panglima Ahmad Kamarulzaman bin Haji Ahmad Badaruddin, o chefe da Marinha malaia.

Além disso, em 23 de maio, no mesmo dia em que Obama fez o anúncio ao lado de Tran Dai Quang, militares chineses e tailandeses dispararam mísseis antiaéreos durante um treinamento na Tailândia. O China Military Online esperou dois dias para publicar o ocorrido e observou que o exercício militar entre os dois países foi o primeiro do tipo.

Isto é provavelmente a maneira do PCC dizer à aliança formada contra sua agressividade no Mar da China do Sul que o regime chinês também tem uma coalizão de nações que o apoiam.