A China argumentou nesta segunda-feira que “a independência de Taiwan é incompatível com a paz no estreito de Taiwan”, em um dia em que o Exército chinês realiza exercícios militares ao redor da ilha.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse, em entrevista coletiva, que a China está comprometida com a “paz e a estabilidade na região”, algo que “todos os principais países podem ver”.
Mao afirmou que Taiwan “é puramente um assunto interno” da China.
“Se os Estados Unidos estiverem interessados na paz entre os dois lados do estreito, eles devem respeitar o princípio de ‘uma só China’, não enviar sinais errados às forças independentistas e parar de armar Taiwan”, acrescentou.
Mao respondeu dessa forma ao governo americano, que nesta segunda-feira expressou “preocupação” com a nova onda de manobras militares da China, ressaltando que são exercícios “injustificados” que podem “escalar” a tensão na região.
A China iniciou segunda-feira uma série de exercícios militares ao redor de Taiwan com os quais busca “apertar o cerco” sobre a ilha.
Os exercícios, chamados de Joint Sword-2024B (“espada unida”, em inglês), incluem simulações de bloqueios e controle dos principais portos.
Em resposta às últimas declarações do presidente de Taiwan, William Lai, consideradas separatistas por Pequim, os militares chineses advertiram que “toda provocação de independência receberá uma resposta mais forte”.
A China reivindica a soberania sobre Taiwan, território que considera uma “província rebelde” desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá em 1949 e que nunca esteve sob o controle do regime, após perderem a guerra contra o exército comunista.