Por Daniel Holl, Epoch Times
A China apresentou o que chama de sua própria versão da “Mãe de Todas as Bombas”, segundo o Global Times, porta-voz do Partido Comunista Chinês (PCC). A bomba foi projetada pela Norinco, uma grande produtora estatal de armamento.
Esta é a primeira exibição pública da bomba, de acordo com o jornal.
China's arms industry giant NORINCO for the first time showcased a new type of massive aerial bomb, which it dubbed the Chinese version of the "Mother of All Bombs" due to its huge destruction potential that is claimed to be only second to nuclear weapons. https://t.co/Xwa470K0R5 pic.twitter.com/bWDvmfvcyk
— Global Times (@globaltimesnews) January 3, 2019
A arma é tão grande que um bombardeiro só pode carregar uma de cada vez, disse o Global Times. A reportagem a descreve como a bomba não nuclear mais poderosa da China.
O nome “Mãe de Todas as Bombas” é a versão informal da MOAB, um acrônimo militar norte-americano que significa “Massive Ordnance Air Blast” (Onda de Explosão Massiva). Este tipo de bomba entrou em serviço na Força Aérea dos Estados Unidos em 2003.
A matéria do Global Times presume que a nova arma da China pode destruir completamente até alvos fortificados.
A bomba chinesa e sua antecessora dos Estados Unidos são similares não só em seus nomes, mas também em seu uso: as bombas são tão grandes que só podem ser lançadas individualmente.
“O [Exército Popular de Libertação] EPL apenas copia aspectos das práticas e capacidades dos Estados Unidos ou de outros países relevantes para os objetivos da China e os adapta às realidades locais”, afirma um relatório do RAND, grupo de especialistas. “O EPL procura não apenas competir, mas também dissuadir e, se necessário, derrotar as forças armadas dos Estados Unidos no caso de os dois países se enfrentarem diretamente. ”
A primeira vez que os Estados Unidos usaram a bomba foi no Afeganistão contra o grupo terrorista ISIS em 2017. A explosão matou 94 pessoas, de acordo com autoridades afegãs em um relatório da Stars and Stripes.
As bombas conhecidas como Daisy Cutters (Cortadoras de Margaridas) foram usadas na Guerra do Vietnã pelo exército dos Estados Unidos com o objetivo de limpar seções da floresta para criar pistas de pouso de helicópteros. Retiradas em 2008, elas foram precursoras da MOAB.
A Rússia também desenvolveu uma grande bomba termobárica não nuclear em 2007, apelidada de “Pai de Todas as Bombas”. As armas termobáricas, também chamadas de bombas de combustível e ar ou bombas de vácuo, criam calor intenso e uma onda de choque devastadora ao incendiar o próprio ar.
A MOAB norte-americana não é uma bomba termobárica, nem a nova arma chinesa apresentada no vídeo, segundo um representante da Norinco.