Por Agência EFE
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, confirmou nesta segunda-feira (26) que o país asiático impôs sanções às empresas americanas Lockheed Martin, Boeing Defense e Raytheon, pela ligação com um pré-acordo de venda de armas para Taiwan, por US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhão).
De acordo com as informações dadas pelo representante da pasta ao jornal chinês “Global Times”, a medida também atingirá outras pessoas e organizações, pelo mesmo motivo, embora não tenham sido divulgados mais detalhes sobre a decisão.
Na semana passada, o próprio Zhao Lijian adiantou que a China daria uma “resposta legítima”, depois que o Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou a intenção de vender à Taiwan três lotes de armas, que incluem mísseis Slam-ER e unidades Himars, um sistema lançador de mísseis múltiplos rápidos.
Para que a venda se concretize, deverá ser aprovada tanto no Congresso americano, como pelo Legislativo taiwanês, de acordo com a agência de notícias pública de Taiwan, “CNA”.
Essa é a segunda vez que a China impões sanções à empresa armamentista Lockheed Martin. A primeira foi em julho deste ano, após um outro acordo com Taiwan, avaliado em US$ 620 milhões (R$ 3,4 bilhões), para reparar e tornar ativos mísseis Pac-3.
Na semana passada, a Agência de Cooperação em Segurança de Defesa dos EUA notificou o Congresso do país sobre o plano de venda, para “respaldar os contínuos esforços de Taiwan para modernizar as Forças Armadas e manter a capacidade defensiva e ajudar a manter a estabilidade política e o equilíbrio militar na região”.
Pouco depois, o presidente da China, Xi Jinping, ordenou que as tropas do país se mantenham “prontas para o combate”.
O jornal “South China Morning Post”, de Hong Kong, garantiu que Pequim vem avançando na militarização da costa sudeste, para “se preparar para uma possível invasão de Taiwan”.
Taiwan se considera um território soberano com governo e um sistema político próprio sob o nome da China, desde o fim da guerra civil entre nacionalistas e comunistas, ocorrida em 1949.
Já a China considera que Taiwan é uma província rebelde e insiste que volte a ser o que chama de “pátria comum”.
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