A China afirmou nesta quarta-feira que continuará a tomar “as medidas que sejam necessárias” para “salvaguardar sua segurança”, depois de o Pentágono ter denunciado ontem que um caça chinês realizou manobras “desnecessárias” e “agressivas” para interceptar um avião de reconhecimento dos Estados Unidos no Mar da China Meridional.
“As operações de reconhecimento dos EUA vêm ocorrendo há muito tempo e violam a segurança e a soberania da China. São a fonte dos problemas de segurança marítima”, disse hoje a porta-voz de Relações Exteriores chinesa, Mao Ning, em resposta a uma pergunta sobre o incidente.
Posteriormente, o porta-voz do Comando de Teatro do Sul do Exército de Libertação Popular (PLA), coronel Zhang Nandong, afirmou em um comunicado que a aeronave dos EUA “entrou deliberadamente em nossa área de treinamento para realizar reconhecimento e interferência”.
“Pedimos encarecidamente aos Estados Unidos que restrinjam de maneira efetiva as operações militares de linha de frente no mar e no ar” na região, declarou o coronel, acrescentando que, se os avisos forem ignorados, “todas as consequências resultantes” seriam responsabilidade de Washington.
A tensão entre as potências aumentou depois que os EUA detectaram um suposto balão espião chinês que sobrevoou seu território no final de janeiro e que caiu sobre as águas do Atlântico em 4 de fevereiro.
O incidente da última sexta-feira vem à tona depois que o Pentágono informou em comunicado na segunda-feira que a China rejeitou a proposta dos EUA de realizar nesta semana um encontro presencial entre o secretário de Defesa, Lloyd Austin, com seu homólogo chinês, Li Shangfu, no fórum de diálogo sobre segurança Shangri-La em Cingapura.
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