China admite que o balão que sobrevoou os EUA é sua propriedade

Por agência efe e renato pernambucano
03/02/2023 13:41 Atualizado: 03/02/2023 13:42

A China admitiu nesta sexta-feira que o balão de ar quente que sobrevoou os Estados Unidos lhe pertence, após ter solicitado ontem para que não houvesse “especulação” diante das acusações lançadas pelo Pentágono.

“O dirigível é da China. É um dirigível civil usado para fins de pesquisa, principalmente meteorológicos”, esclareceu o Ministério das Relações Exteriores do regime comunista em comunicado.

De acordo com o comunicado, a aeronave “desviou-se significativamente de seu curso pretendido” devido a “ventos de oeste e capacidade limitada de autodireção”.

A Chancelaria na sua publicação “lamenta a entrada involuntária” do aeróstato no espaço aéreo norte-americano e afirma que “continuará a se comunicar” com os EUA, além de garantir que irá lidar com “esta situação inesperada provocada por força maior”.

No início desta sexta-feira, a porta-voz das Relações Exteriores, Mao Ning, declarou em entrevista coletiva que Pequim estava “verificando a informação de que um balão espião está sobrevoando os Estados Unidos”, embora tenha enfatizado que “a China não tem intenção de violar o território ou espaço aéreo de qualquer estado soberano”.

O porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, disse em comunicado que os EUA estão “acompanhando de perto” os movimentos do objeto.

“Assim que o balão foi detectado, o governo dos EUA agiu imediatamente para se proteger contra a coleta de informações sensíveis” por parte da China, disse Ryder, lembrando que não é a primeira vez que as autoridades detectam um aparelho desse tipo nos últimos anos.

O anúncio ocorre antes do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, iniciar uma visita de dois dias à China no domingo, a primeira viagem de um ministro das Relações Exteriores dos EUA ao país asiático desde 2018.

Blinken afirmou que após a detecção do balão, têm estado em contacto com responsáveis ​​chineses através de vários canais, como as respetivas embaixadas da China e dos Estados Unidos em Washington e Pequim.

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