O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, viajará nesta semana a Pequim, onde se reunirá com autoridades do regime para discutir a importância de manter uma comunicação aberta entre os dois países e de gerir sua relação bilateral “de forma responsável”.
Blinken também irá ao Reino Unido nesta viagem que acontecerá entre os dias 16 e 21 de junho, segundo confirmou em comunicado divulgado nesta quarta-feira o Departamento de Estado americano.
Durante sua estada em Pequim, o chefe da diplomacia dos EUA se reunirá com funcionários de alto escalão do regime chinês, com quem também discutirá “questões de interesse bilateral, assuntos globais e regionais e a cooperação potencial em desafios transnacionais compartilhados”.
Em Londres, Blinken participará da Conferência de Recuperação da Ucrânia para ajudar a mobilizar o apoio internacional dos setores público e privado para ajudar na reconstrução pós-guerra.
Enquanto estiver ali, segundo o Departamento de Estado, também se reunirá com seus homólogos do Reino Unido, da Ucrânia e de outros parceiros e aliados.
A confirmação da viagem à China chega depois de Blinken ter conversado por telefone na noite passada com seu homólogo do país asiático, Qin Gang, quando lhe pediu para “manter as linhas de comunicação abertas” para evitar um conflito, segundo informou seu gabinete em um comunicado.
Além disso, o chefe da diplomacia americana garantiu que seu país continuará utilizando os canais diplomáticos para tratar dos assuntos que o preocupam, bem como para aprofundar possíveis áreas de cooperação com o gigante asiático.
Por sua parte, Qin pediu a Blinken que os EUA cessem seus esforços para prejudicar os interesses soberanos da China em matéria de segurança e desenvolvimento “em nome da concorrência”, de acordo com uma nota divulgada pela chancelaria chinesa.
Entre as preocupações da China, o ministro mencionou a questão de Taiwan e pediu respeito aos EUA e que o país “tome medidas práticas para implementar o importante consenso alcançado pelos dois chefes de Estado em Bali” em novembro do ano passado durante a cúpula do G20.
As relações entre as duas potências vivem um momento tenso desde que no último mês de fevereiro os EUA detectaram e derrubaram um suposto balão espião chinês que passava sobre seu território e que a China alegou ser um dispositivo meteorológico que havia se desviado de seu curso.
O evento levou Blinken a cancelar uma aguardada viagem a Pequim no último minuto. Desde então, funcionários do governo Joe Biden indicaram que gostariam de ampliar os canais de comunicação entre os dois países.
Em uma coletiva de imprensa no final de abril, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que Biden espera ter “em breve” uma conversa por telefone com seu homólogo chinês, Xi Jinping.
Os líderes não têm uma conversa bilateral desde seu encontro na cúpula do G20 na Indonésia em novembro do ano passado.
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