Por Agência EFE
O Escritório da Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu a libertação da jornalista e cidadã chinesa Zhang Zhan, condenada na segunda-feira a quatro anos de prisão por informações que ela ofereceu sobre o surto do vírus do PCC ( Partido Comunista Chinês), também conhecido como o novo coronavírus, em Wuhan há um ano.
“Falamos sobre o caso dela com as autoridades ao longo de 2020 e a consideramos um exemplo de restrições excessivas à liberdade de expressão em relação à COVID-19”, comunicou o gabinete de Bachelet na rede social twitter.
O tribunal que condenou Zhang Zhan alegou que ela “causou altercações e procurou problemas” com suas notícias.
“Provocar brigas e problemas” e “subversão do poder do Estado” são duas acusações comuns que o regime chinês usa para prender dissidentes.
Seu advogado disse que ela se recusou a aceitar as acusações por não haver motivos para censurar suas informações, publicadas em plataformas chinesas como o WeChat e outras proibidas no país, como Twitter ou YouTube.
Zhang chegou a Wuhan, o epicentro da pandemia chinesa, no início de fevereiro, e começou a postar reportagens em suas contas nas redes sociais. Ela costumava criticar as medidas tomadas pelas autoridades chinesas para impedir a disseminação da COVID-19.
De acordo com a ONG de direitos humanos Anistia Internacional, o trabalho de Zhang Zhan se concentrou em relatar as prisões de outros repórteres independentes e o assédio a parentes de vítimas da COVID-19 durante o que é considerado o primeiro surto global da pandemia.
O repórter do Epoch Times, Frank Fang, contribuiu para este artigo.
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