Bachelet admite fortes pressões para não divulgar relatório sobre China

25/08/2022 14:51 Atualizado: 25/08/2022 14:51

Por EFE

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, admitiu nesta quinta-feira que a pressão para não divulgar um relatório sobre direitos humanos na China foi forte, mas garantiu que elas não vão impedir a organização de fazê-lo.

O relatório tem como foco a situação dos direitos humanos dos uigures, uma minoria na província de Xinjiang que o governo chinês reprimiu durante décadas por considerá-la um terreno fértil para o extremismo, ao ponto de, em 2018, ter sido descoberto que havia criado campos de internação gigantescos para “reeducá-los”.

Bachelet reconheceu ter recebido uma carta assinada por cerca de 40 países lhe pedindo para não divulgar o relatório que seu escritório vem preparando há alguns anos sobre a situação e cuja elaboração foi atrasada quando o governo chinês concordou com a visita da alta comissária ao país, em maio.

Segundo Bachelet, a visita foi uma prioridade, porque foi uma oportunidade única de ver em primeira mão o que estava acontecendo no país e ter contato direto com parentes de uigures que estavam ou estão nesses campos de internação.

A alta comissária disse que, além disso, ela teve “um enorme número de reuniões” com representantes de países que lhe pediram para divulgar o relatório o quanto antes, o que ela prometeu há vários meses que faria antes do final de seu mandato como chefe da maior estrutura internacional de direitos humanos, que expira no próximo dia 31.

Em uma entrevista coletiva na qual ela fez um balanço de seu mandato, Bachelet afirmou que os comentários feitos pelo governo chinês sobre o relatório estão sendo revisados, um procedimento padrão que procura corrigir imprecisões ou avaliar medidas que podem não ter sido levadas em conta.

“As questões (contidas no relatório) são sérias e estão sendo analisadas em profundidade”, disse Bachelet.

 

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