Por Agência EFE
Argentina e China confirmaram nesta quinta-feira disposição em avançar na direção de uma maior coordenação dentro do âmbito do BRICS, composto pelo país asiático, Brasil, Rússia, Índia e África Do Sul.
A informação foi divulgada pelo ministro das Relações Exteriores argentino, Santiago Cafieiro, que recebeu hoje o embaixador chinês em Buenos Aires, Zou Xiaoli.
O chanceler conversou com o diplomata sobre os assuntos “mais importantes” da Associação Estratégica Integral entre os dois países, segundo comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores argentino.
O embaixador chinês destacou a participação do presidente Alberto Fernández na cúpula de líderes do BRICS, que foi realizada na semana passada, e reforçou o apoio para que o país sul-americano tenha “um maior envolvimento” com o grupo.
“O chanceler Cafiero pontuou que a Argentina, em um âmbito de troca de experiências, pode contribuir para fortalecer e ampliar a voz na defesa dos interesses do mundo em desenvolvimento”, informa o comunicado.
Na terça-feira, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, anunciou o processo de ampliação do grupo BRICS, com a já iniciada incorporação de Argentina e Irã.
O chefe da diplomacia de Moscou indicou, contudo, que o ingresso de determinado país ao grupo deverá ser a partir de consenso.
Cooperação com a CELAC
Durante o encontro entre Cafiero e Zou, foram debatidas visões sobre assuntos regionais, como o papel da Argentina como presidente rotativa da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
O grupo tem como um dos temas principais atuais a adoção de um plano de ação conjunto de cooperação com a China, válido para o período de 2022 a 2024.
Além disso, o chanceler e o embaixador concordaram em aprofundar a cooperação sobre os mares, a conservação de recursos e espaços antárticos, enquanto pactuaram seguir cooperando nos usos específicos da energia nuclear, entre outros temas.
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