Liu Qiangdong, ou Richard Liu, fundador e presidente da JD.com, recentemente transferiu sua propriedade de ações em duas empresas subsidiárias depois de deixar o cargo como CEO em abril.
Um analista de assuntos chineses acredita que Liu fez a mudança em resposta à campanha do Partido Comunista Chinês (PCCh) para atingir a elite empresarial.
Os poderosos atores econômicos
A JD.com, varejista on-line com sede em Pequim e maior empresa de comércio eletrônico da China em receita, tem mais de 580,8 milhões de clientes ativos e uma receita de 951,6 bilhões de yuans (cerca de US$ 148 bilhões) em 2021, de acordo com seu relatório de 2022.
Liu fundou a empresa em 2004. Ele estava entre os “50 Maiores Líderes do Mundo” da revista Fortune em 2015. De acordo com a Forbes, ele tem um patrimônio líquido de US$ 12,3 bilhões em 21 de setembro
Desde que o PCCh reforçou sua regulamentação antitruste, as empresas chinesas de comércio eletrônico e tecnologia – incluindo Alibaba, Tencent e JD.com – enfrentaram uma série de advertências disciplinares e multas.
Em abril de 2021, o regulador de mercado de Pequim convocou mais de 30 empresas chinesas de internet, incluindo a JD.com, e as alertou sobre uma “punição severa” se não cumprissem as regras de concorrência.
O alerta veio depois que Pequim divulgou suas novas diretrizes antimonopólio em fevereiro de 2021. As regras visavam as grandes plataformas da Internet; por exemplo, a gigante do comércio eletrônico Alibaba foi multada em US $2,75 bilhões em abril de 2021.
Em seguida, Liu renunciou ao cargo de diretor executivo em setembro de 2021 e como CEO em abril de 2022. Ele permaneceu como presidente do conselho.
As empresas JD.com, JD Health e JD Logistics, anunciaram na Bolsa de Valores de Hong Kong que Liu concordou em transferir seus 45% de ações para o vice-presidente do Grupo JD, Miao Qin.
As algemas invisíveis
O analista de assuntos chineses, Wang He, disse à edição em chinês do Epoch Times em, 19 de setembro, que Pequim está eliminando todas as figuras proeminentes da China ao apertar os regulamentos – por medo de seu domínio na economia e na política – para garantir seu governo de partido único.
Nos últimos anos, os principais líderes empresariais da China – como Jack Ma, da Alibaba, Zhang Yiming, da ByteDance, e Chang Huangzheng, da Pinduoduo – se aposentaram antecipadamente.
Wang disse: “Os muitos chineses Liu Qiangdongs estão todos usando algemas invisíveis sob a decisão do PCCh”.
Entre 2019 e 30 de junho de 2021, Liu renunciou a pelo menos 298 empresas como presidente e acionista.
Em seis anos, Liu sacou um total de US $10 bilhões a partir de 2016, segundo a mídia.
Wang disse que as ações de Liu mostraram que ele estava tentando proteger seus interesses, mas não conseguiu parar o PCCh. “Além do limite, o regime o atingirá com a mesma força com que lidou com Didi.”
Didi, a empresa chinesa de carona, recebeu uma multa de US $1,2 bilhão por supostamente violar as leis de segurança de dados após uma investigação de um ano, que forçou a empresa a sair dos Estados Unidos em julho.
Wang disse que o líder do PCCh, Xi Jinping, está apertando o poder e controlando rivais políticos e líderes empresariais antes do 20º Congresso Nacional do Partido. A ditadura nunca permitirá o desenvolvimento descontrolado de empresas privadas como os gigantes da internet.
“Através de pressão, negociação, reorganização e controle, o regime removerá a influência econômica e política de seu alvo.”
Cheng Jing contribuiu para esta notícia.
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