Um alto executivo da empresa chinesa de tecnologia Huawei está sendo investigado por corrupção, informou a mídia chinesa em 25 de dezembro.
A publicação de negócios chinesa National Business Daily confirmou com a empresa que Teng Hongfei, o vice-presidente do Huawei Consumer Business Group na região da Grande China, era suspeita de suborno. “As forças policiais locais adotaram medidas interventivas”, disse uma reportagem em 26 de dezembro.
A Huawei é uma das maiores empresas de tecnologia da China e, em 2015, tornou-se o terceiro maior fabricante mundial de smartphones, de acordo com o website da Huawei.
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Sua divisão Consumer Business Group produz smartphones, computadores pessoais, tablets e outros produtos de tecnologia. Teng Hongfei estava encarregado das vendas na China, Macau e Hong Kong.
Teng Hongfei já tem estado ausente de seu escritório por algum tempo e outros altos funcionários também sabem sobre sua investigação, de acordo com uma fonte interna que divulgou a notícia incialmente para a Telworld, uma publicação chinesa que relata sobre a indústria de tecnologia doméstica.
No início de sua carreira, Teng Hongfei trabalhou na Nokia como CEO regional. Ele mudou-se para a Samsung em 2012, antes de se instalar na Huawei em 2014.
Rumores sobre a corrupção na Huawei circularam na imprensa antes. Em 2014, a publicação de negócios chinesa Caixin expôs que 116 funcionários aceitaram ou solicitaram subornos, principalmente exigindo compensações de 69 varejistas. Um diretor regional recebeu subornos de até 2 milhões de yuanes (aproximadamente US$ 305 mil). A Huawei negou as alegações.
A fonte citada pela Telworld disse que diferentes departamentos da Huawei permitiram que a corrupção se difundisse, especialmente nos departamentos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), aquisições e vendas.
Em 2012, um grupo de executivos chineses de tecnologia, incluindo um da Huawei, foi condenado por suborno num tribunal argelino. Mandados de prisão internacionais foram emitidos depois que o tribunal descobriu que eles subornaram um executivo da estatal Algérie Télécom para garantir vantagens às empresas chinesas envolvidas.
Colaborou: Fang Xiao
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