Aliança mundial por vacina para Covid-19 arrecada 7,4 bilhões de euros

04/05/2020 15:59 Atualizado: 04/05/2020 16:09

Por EFE

Bruxelas, 4 mai – A conferência internacional organizada nesta segunda-feira pela União Europeia (UE), pela promoção de um fundo para desenvolvimento e distribuição de uma eventual vacina para o novo coronavírus, arrecadou 7,4 bilhões de euros (R$ 45 bilhões).

A aliança global, que não conta com a participação de Estados Unidos e Brasil, obteve quase todo o valor estipulado inicialmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que era de 7,5 bilhões.

Do montante, 53% será destinado às futuras vacinas, 26% para pesquisar novos tratamentos e medicamentos, e 20% para desenvolver testes de diagnóstico.

A Comissão Europeia foi a responsável pela maior doação, de 1,4 bilhão de euros, seguida pelo Japão, com 760 milhões de euros. Alemanha, com 525 milhões; França, com 500; Itália com 150; e Espanha com 125 também fizeram aportes significativos.

Outra contribuição de impacto foi a da Fundação Bill & Melinda Gates, de 91 milhões de euros.

Fontes da União Europeia consultada pela Agência Efe explicou que o objetivo da conferência de hoje era criar uma aliança por um período de dois anos, para compartilhar dados e conhecimentos científicos sem que sejam geradas novas entidades ou organizações internacionais.

Não é exigido que qualquer país doador abra mão dos direitos de propriedade intelectual, mas a UE tem estimulado os participantes a optarem por isso, para garantir acesso universal aos resultados do investimento.

“Nenhum de nós estará a salvo, até que todos estejamos a salvo”, afirmou, por exemplo, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, um dos integrantes do encontro virtual.

O representante das Nações Unidas explicou que os 7,5 milhões de euros iniciais serão para impulsionar a pesquisa médica, mas avisou que para conseguir levar os resultados a todo planeta, será necessário valor cinco vezes maior.

A conferência teve a participação de líderes de 60 países, de instituições, agências internacionais e de diversas fundações. Além das ausências dos EUA e do Brasil, dois dos países mais afetados no mundo, também foi notada a discreta presença da China, que não anunciou doação.

Também estavam no encontro a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, além de representantes do Reino Unido, Israel, Turquia, Arábia Saudita, Coreia do Sul, México, entre outros.

A estrela pop americana Madonna é uma das celebridades que já anunciou doação ao fundo, de 1 milhão de euros. O técnico português de futebol José Mourinho, também já sinalizou que destinará dinheiro para a iniciativa.

*Matéria ampliada às 15:53