Por EFE
Berlim, 25 mar – A Alemanha aprovou nesta quarta-feira um plano nacional para combater as consequências sanitárias e econômicas da pandemia do novo coronavírus, um pacote “sem precedentes” para uma crise inédita.
O Bundestag (Câmara Baixa alemã) apoiou amplamente a proposta do governo, com um volume total de cerca de 750 bilhões de euros (cerca de R$ 4,14 trilhões), equivalente a quase 22% do produto interno bruto (PIB) da Alemanha.
A crise atual, “um desafio para toda a humanidade”, “é sem precedentes para a República Federal da Alemanha”, disse o ministro das Finanças, Olaf Scholz, que falou no lugar da chanceler Angela Merkel, que permanece em quarentena devido à pandemia.
Ele afirmou que o governo alemão está preparado para fazer “tudo o que for possível e necessário” para aliviar seus efeitos, embora tenha reconhecido que nesta crise “não há roteiro prévio”.
O pacote consiste em um orçamento suplementar para este ano de 156 bilhões de euros que inclui um fundo de resgate de até 50 bilhões para empresas independentes e pequenas empresas e 3,5 bilhões pelo apoio urgente ao sistema de saúde.
A atualização das contas públicas prevê um volume de ajuda de 122,5 bilhões de euros e uma queda na arrecadação de 33,5 bilhões.
Esta revisão implica o abandono temporário do regime constitucional de “restrição da dívida”, um dos padrões da política alemã durante a era Merkel, tanto a nível nacional quanto europeu.
O plenário foi realizado hoje em meio a medidas excepcionais, com uma representação reduzida de cada grupo parlamentar e uma separação de um metro e meio entre os deputados.
Angela Merkel também esteve ausente, apesar da relevância da reunião, por estar em quarentena desde o último domingo em sua casa, depois de saber que uma pessoa com quem ela teve contato teve um resultado positivo no teste da Covid-19.