Viagens de Dilma este ano já custaram R$ 520 mil ao Tesouro

18/07/2017 18:28 Atualizado: 18/07/2017 18:35

Somente no primeiro semestre de 2017, a ex-presidente Dilma Rousseff gastou R$ 520 mil da Presidência da República em viagens ao redor do mundo para contestar seu impeachment. A gastança, que não cessou inclusive durante seu julgamento, equivale ao triplo do utilizado pelos assessores dos demais ex-presidentes no mesmo período, somados.

Um decreto de 2008 dá a todo ex-presidente o direito vitalício a oito servidores, dois carros, inclusos salários, diárias e passagens desses assessores e combustível e despesas com veículos.

Os gastos de Rousseff referem-se ao período após ter sido impeachada, situação imprevista pela Constituição Federal porém, ainda assim, autorizada pelo acordo entre o Senado e o STF que preservou seus direitos políticos.

Foram R$ 282.024,80 em diárias e R$ 240.672,49 em passagens desembolsadas pelo Palácio do Planalto aos assessores de Dilma. Nestes seis meses, sua equipe visitou pelo menos sete países: Argentina, México, Suíça, França, Espanha, Itália e Estados Unidos.

No mesmo intervalo, os acessores de Lula gastaram, também com diárias e passagens, R$ 88.543,66; seguido por Collor, com R$ 78.465,74; Fernando Henrique Cardoso, com R$ 7.670; e o ex-presidente José Sarney, com R$ 2.808,04.

Desde janeiro de 2011, quando deixou o Planalto, bem como em cada ano, a equipe de Lula é a campeã em gastos públicos com viagens e hospedagens R$ 3,1 milhões (R$ 40.269,10 mensais). O recorde foi em 2014, durante a campanha à reeleição de Dilma Rousseff: R$ 634.871,91. No mesmo ano, FHC gastou R$ 685 mil e Sarney R$ 392 mil. Em seguida vem Collor, com R$ 1,2 milhão (R$ 16.209,79 por mês) desde 2011.

No total de gastos com diárias e passagens, o grupo de Sarney (há 27 anos e quatro meses como ex-presidente) atingiu de R$ 583 mil; Collor (há 24 anos e seis meses como ex-mandatário) R$ 1,6 milhão; e Fernando Henrique (14 anos após deixar a Presidência) R$ 1,2 milhão.

Justificativas

A assessoria do ex-presidente Lula afirmou que o petista “sempre trabalhou muito em atividades no Brasil e no exterior, com mais de 70 viagens para outros países desde que deixou a Presidência após cumprir, democraticamente, dois mandatos eleitos pelo povo brasileiro”, e que sempre “promoveu os interesses e a imagem do Brasil no exterior”.

Já a assessoria da ex-presidente Dilma informou que “nenhuma pressão fará com que a presidenta eleita Dilma Rousseff deixe de viajar, interrompa as denúncias sobre o golpe de Estado ocorrido em 2016 e as perversas e nefastas consequências que se abatem sobre a população brasileira”.

Leia mais:
Trump ameaça impor sanções à Venezuela se Constituinte persistir
Reforma política recebe ‘Emenda Lula’ para blindar candidatos
Três cruéis perseguições que continuam ocorrendo na China