Por Senso Incomum
Cerca de um terço dos 35 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve ficar abaixo da cláusula de barreira e perder acesso ao fundo partidário e à propaganda de rádio e televisão (pagas pelo contribuinte) em 2019. O levantamento é do jornal O Globo. Os números podem mudar por causa de eventuais anulações de candidaturas, posses contestadas na Justiça Eleitoral, etc.
Os 14 partidos políticos que devem perder os privilégios são: PCdoB, Patriota, PHS, PRP, PMN, PTC, Rede, PPL, DC, PRTB, PMB, PCB, PSTU e PCO. O critério foi eleger deputados federais em pelo menos nove estados ou obter 1,5% dos votos para a Câmara, com um mínimo de 1% dos votos em nove estados. O NOVO, por exemplo, elegeu oito deputados federais mas bateu a segunda meta. Já a Rede de Marina Silva ficou atrás: mesmo elegendo cinco senadores, terá apenas uma deputada em Brasília.
Houve perdas à esquerda e à direita. Se o PCdoB de Manuela d’Ávila, a Rede de Marina e o PCO de Rui Costa Pimenta perderam, também saíram enfraquecidos o Patriota de Cabo Daciolo, o DC de Eymael e o PRTB do General Mourão.
A cláusula de barreira vai contribuir para reduzir aos poucos a fragmentação partidária no Congresso. A tendência é termos menos partidos, com mais coerência interna.