Em reação às recentes declarações do ditador da Venezuela Nicolás Maduro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou à imprensa, nesta quarta-feira (24), que o sistema de votação brasileiro é “totalmente auditável”.
Durante um comício na noite de terça-feira (23), Maduro levantou dúvidas sobre a integridade processo eleitoral do Brasil, dos Estados Unidos e da Colômbia.
No evento, o chavista declarou: “Em que outra parte do mundo fazem isso? Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral é auditável? No Brasil? Não auditam nenhum boletim. Na Colômbia? Não auditam nenhum boletim”.
No poder desde 2013, Maduro alegou que, ao contrário desses países, a Venezuela realiza 16 auditorias em seu sistema eleitoral, incluindo uma auditoria em tempo real de 54% das urnas.
A declaração surge em um momento crítico para o ditador, com as eleições venezuelanas agendadas para o próximo domingo (28) e uma crescente insatisfação popular evidenciada por grandes manifestações nas ruas.
Maduro tem enfrentado pressão internacional e críticas sobre a segurança e a transparência do sistema eleitoral venezuelano.
Recentemente, o ditador declarou que a Venezuela pode enfrentar “um banho de sangue” se ele perder as eleições. Em resposta, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, aliado de Maduro, ressaltou que a derrota nas eleições deve ser encarada com respeito ao processo democrático, destacando que quem perde deve se preparar para futuras disputas.
“Fiquei assustado com as declarações […]. Quem perde as eleições toma um banho de votos, não de sangue”, disse Lula. “Maduro tem de aprender: quando você ganha, você fica. Quando você perde, você vai embora e se prepara para disputar outra eleição.”
TSE irá monitorar eleição na Venezuela
O TSE decidiu que enviará servidores para integrar os grupos de observadores internacionais nas eleições da Venezuela.
Segundo o tribunal, divulgado pela Agência Brasil (EBC), os servidores Sandra Damiani e José de Melo Cruz farão parte da missão do tribunal no pleito. O convite para acompanhar a realização da votação foi feito pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela e aceito pela Corte no início de julho.