Um grave acidente na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), ocorrido na madrugada deste sábado (21), deixou 38 mortos e se tornou o pior desastre em rodovias federais desde 2007, quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou sua série histórica.
A tragédia envolveu um ônibus da empresa EMTRAM, uma carreta e um carro de passeio.
Após o impacto, uma explosão foi seguida por um incêndio que rapidamente consumiu o ônibus, provocando a morte da maioria das vítimas.
O veículo, que saiu de São Paulo com destino a Vitória da Conquista (BA), foi atingido por um bloco de granito que se desprendeu da carreta no sentido contrário, por volta das 3h30.
Equipes de resgate encontraram a maioria dos corpos carbonizados, e pessoas que tentaram salvar os passageiros também sofreram queimaduras.
Além das vítimas fatais, 13 feridos foram levados a hospitais da região, com algumas pessoas em estado grave.
Esse é o primeiro acidente em rodovias federais com mais de 30 vítimas fatais desde 2011, quando 33 pessoas morreram em Nova Itarana (BA).
Radares removidos
O trecho do acidente teve recentemente seus radares de velocidade removidos por questões de documentação vencida. Antes da remoção, os equipamentos limitavam a velocidade a 60 km/h.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que novos radares serão instalados em 2025, mas a ausência atual de fiscalização levanta dúvidas sobre a prevenção de tragédias.
Mobilização do governo
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, prestou solidariedade às famílias e destacou os esforços das equipes de emergência. “Determinei mobilização total do governo de Minas Gerais no atendimento às vítimas e suporte aos familiares no trágico acidente na BR-116, em Teófilo Otoni.
Nossas Forças de Segurança trabalham sem interrupção desde a madrugada e ao longo dessa manhã para atender com agilidade a ocorrência.
Toda minha solidariedade aos familiares e amigos. Estamos trabalhando para que as famílias das vítimas sejam acolhidas para enfrentar de forma mais humanizada possível essa tragédia às vésperas do Natal, uma data tão significativa para todos”, publicou o governador nas redes sociais.
Em solidariedade, o governo de São Paulo ofereceu apoio técnico para identificação dos corpos, enviando equipes da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) e do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD).