Os trabalhadores dos Correios de São Paulo entraram em greve à meia-noite desta segunda-feira (05). A princípio, a paralisação de carteiros, atendentes, operadores de triagem, motoristas e administrativos será de 24 horas, conforme decidido em assembleia realizada na sexta-feira (2).
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintec-SP), o reajuste salarial das funções “está defasado há anos”. Por meio de nota, os representantes da categoria afirmaram que foram realizadas 14 reuniões de negociação “sem avanços significativos”.
O aumento de salário não é a única reivindicação da classe. Segundo os trabalhadores, 20 mil funcionários dos Correios desistiram do serviço de plano de saúde devido ao alto valor cobrado.
“A greve é um claro recado à direção da empresa e ao presidente dos Correios, mostrando a insatisfação”, destacou o comunicado do Sintec-SP. “Várias unidades importantes e Centros de Entrega e Encomenda estão paralisados por conta da falta de diálogo da empresa e da falta de responsabilidade nas negociações, que não avançaram até o momento.”
Uma nova assembleia está marcada para esta quarta-feira (07). Os grevistas ameaçam realizar uma paralisação ainda maior caso as propostas não sejam aceitas.
A assessoria de imprensa dos Correios informou que medidas como o remanejamento de profissionais e a realização de horas extras estão sendo tomadas para que a população de São Paulo, especialmente da capital, não sofra prejuízos.
Os Correios afirmaram que a greve é pontual e que as agências operam normalmente nos demais estados do Brasil. De acordo com a nota, a empresa já ofereceu propostas aos grevistas.