A prisão do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo foi anulada nesta quarta-feira (29) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, em atendimento à solicitação da defesa de Bernardo. Ex-ministro nos governos Lula e Dilma, marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), Paulo Bernardo foi preso na semana passada pela Polícia Federal na Operação Custo Brasil.
O ex-ministro foi um dos principais favorecidos do esquema de propina que teria roubado R$ 100 milhões dos funcionários públicos federais que fizeram empréstimos consignados, de acordo com a PF e o Ministério Público Federal (MPF).
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Empresa contratada pelo Ministério do Planejamento na gestão de Paulo Bernardo para gerenciar os empréstimos consignados a funcionários públicos, o Grupo Consist cobrava mais do que deveria e transferia 70% do seu ganho para o PT e para políticos. Entre 2009 e 2015, a propina paga teria atingido a cifra de aproximadamente R$ 100 milhões.
Com a decisão, a Justiça de São Paulo deve recorrer a medida cautelar.