Por Michael Caceres, Gospel Prime
O grupo terrorista Hezbollah, de origem radical xiita, tem forte ligação com o tráfico no Brasil, segundo informações da Delegacia Especializada em Armas e Explosivos (Desarme) do Rio de Janeiro.
A descoberta foi feita através da prisão de Elton Leonel Rumich, um dos chefões do Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em fevereiro de 2018, durante o Carnaval no Rio, a polícia conseguiu prender o traficante, que é conhecido como Galant, enquanto fazia uma tatuagem em Ipanema.
Durante a prisão ele teria oferecido R$ 7 milhões aos agentes para não ter cinco celulares e uma caderneta com anotações de valores levados. Através dos celulares a polícia encontrou uma ligação do tráfico com o grupo radical islâmico.
“Em breve, uma investigação revelará a ligação entre o tráfico e o Hezbollhah”, havia anunciado o governador do Rio, Wilson Witzel.
O delegado Fabrício Oliveira, titular da Desarme, solicitou ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a listagem de nomes de pessoas que realizaram transações financeiras com Galant. Segundo O Dia, o Coaf respondeu com uma lista de 30 mil pessoas, revelando uma grande rede criminosa.
Entre as milhares de pessoas na lista, haviam terroristas, alguns envolvidos em esquemas de lavagem de dinheiro do tráfico na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Esses mesmos nomes foram citados em 2006 pelo Departamento do Tesouro Americano, segundo o DEA, agência norte-americana de combate ao narcotráfico.
Galant está preso em Bangu 1, condenado a 10 anos por porte ilegal de arma e documento falso. O traficante ainda é investigado pela ligação com o terrorismo, pois a venda de drogas estaria sendo usada para financiar o grupo libanês, incluindo o contrabando de armas destinadas ao PCC e ao CV.