O Rio Grande do Sul enfrenta uma intensa onda de tempestades que se estende pelo quarto dia, com previsões de agravamento da situação a partir de quarta-feira (25). As chuvas, que já causaram alagamentos e inundações, devem se intensificar, especialmente nas regiões Oeste e Sul do estado, elevando ainda mais os níveis dos rios.
Desde o início da instabilidade, no domingo (22), os volumes de chuva registrados têm sido alarmantes. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) indicam que, até o final da tarde de terça-feira (24), cidades como Camaquã e Capão do Leão receberam 122 mm e 120 mm de precipitação, respectivamente.
Outros municípios, como o Rio Grande e Canguçu, também sofreram com quantidades significativas, com 119 mm e 110 mm. Comunidades rurais também registram dados preocupantes, como os 127 mm em São Lourenço do Sul, conforme informações do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres.
As consequências das chuvas já são visíveis: diversas localidades, incluindo Pelotas e Rio Grande, enfrentam alagamentos severos, o que levou à suspensão de aulas e fechamento de ruas.
Em Bagé, a situação se agravou com o desmoronamento de uma casa no centro da cidade, resultando na interdição de residências vizinhas. Não houve feridos, mas 26 pessoas estão desalojadas e mais de 100 casas foram danificadas por ventos fortes.
Impactos na infraestrutura
Várias árvores caíram e mais de 30 postes de energia elétrica foram derrubados, deixando diversas comunidades sem luz. Na área rural, arroios e pequenos cursos d’água transbordaram e isolaram algumas comunidades. A BR-116, importante rodovia que atravessa a região, também foi afetada, com água invadindo a pista em alguns trechos.
A previsão é de que a situação piore ainda mais na quinta-feira (26), com a possibilidade de chuvas acumuladas entre 100 mm e 200 mm. As áreas entre Pelotas, São Lourenço do Sul e Camaquã são as mais propensas a enfrentar novos alagamentos e cheias. Isso pode prejudicar o tráfego e gerar mais transtornos.
As autoridades locais alertam a população para riscos de novos temporais, que podem afetar a maioria das cidades gaúchas. A previsão é de um dia difícil na quinta, com impactos inclusive na capital, Porto Alegre.