Por Ezequiel Carneiro, Terça Livre
Durante sua tradicional live de quinta-feira (24), o presidente da República, Jair Bolsonaro, comentou as acusações do deputado federal Luis Miranda. O parlamentar acusou o governo federal de ter fechado um contrato superfaturado com a Precisa Medicamentos para a compra das vacinas da Covaxin.
O presidente afirmou que houve um problema de digitação na nota fiscal e que o Tribunal de Contas da União não viu irregularidades.
“Deixar bem claro que, em março deste ano, os auditores do TCU não viram indício de sobrepreço na vacina Covaxin. Por que 1000%? Porque teve uma nota que estava escrito 300 mil vacinas e faltava um zero. Na verdade, 3 milhões. Então dá mais ou menos 1000% a diferença”, disse Jair Bolsonaro.
A Secom também rebateu as acusações do deputado Luis Miranda e publicou nas redes sociais fotos de documentos que, segundo a pasta, têm fortes indícios de adulteração.
“O invoice apresentado pelo deputado à imprensa tem um erro grave e de fácil verificação: fala em trezentas mil doses, o que faria o preço unitário saltar de quinze para cento e cinquenta dólares. Porém, o número correto é de três milhões de doses, o que corresponde a quinze dólares a unidade”, diz o comunicado da Secom.
“A Secom disse, sobre as fotos, que ainda tem fortes suspeitas de adulteração, há essa suspeita. Dando um zoom no documento, vemos os 300 mil que foram rapidamente corrigidos para 3 milhões, no segundo print. Ou seja, de qualquer jeito, ou esse servidor adulterou, ou ele utilizou o documento errado que já havia sido corrigido, então, é muito difícil tirar a má fé dessa história”, apontou o jornalista Max Cardoso no Boletim da Manhã desta sexta-feira (25).