O litoral de São Paulo enfrenta um surto de viroses, impactando principalmente as cidades de Santos, Guarujá e Praia Grande. A situação tem mobilizado autoridades locais e despertado preocupação entre os turistas e moradores.
Com o aumento do fluxo turístico durante a temporada de verão, as unidades de saúde registraram uma elevação expressiva nos atendimentos relacionados a sintomas como diarreia, vômito, febre e dores abdominais.
“Santos é uma cidade turística, que historicamente registra um grande aumento da população flutuante entre os meses de dezembro e fevereiro. A Ecovias, concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes, estima que, até o final de fevereiro, 3,6 milhões de veículos passarão pelo sistema a caminho das cidades da Baixada Santista”, informou a administração municipal de Santos.
Somente em dezembro, mais de 2.264 pessoas procuraram atendimento por quadros de gastroenterocolite aguda (GECA), um aumento significativo em relação ao mês anterior.
Nos primeiros dias de janeiro, já foram registrados 273 casos.
No Guarujá, a prefeitura notificou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) sobre possíveis vazamentos e ligações clandestinas de esgoto na região da Enseada.
Essas irregularidades são apontadas como potenciais fontes de contaminação.
“A prefeitura aguarda também o resultado de análises encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz para tentar esclarecer a origem dos casos de GECA (gastroenterocolite aguda), uma doença que causa inflamação no estômago, intestino delgado e intestino grosso”, informou a prefeitura do Guarujá.
A cidade de Praia Grande também relatou aumento expressivo nos atendimentos médicos.
Nos últimos dois dias, aproximadamente 7 mil pessoas buscaram socorro em unidades de saúde, um crescimento de 40% em comparação ao mesmo período do ano passado.
As autoridades reforçaram as equipes médicas para reduzir o tempo de espera e garantir atendimento à crescente demanda.
A combinação de fatores como aglomerações, consumo de alimentos de procedência duvidosa e recentes enchentes pode ter contribuído para o aumento dos casos.
Ações preventivas estão sendo intensificadas, com campanhas de conscientização sobre hábitos de higiene e orientações para evitar o consumo de água ou alimentos contaminados.
Para tratar viroses como GECA, especialistas recomendam repouso, hidratação constante e uma alimentação leve. Em casos mais graves, com desidratação ou febre persistente, é essencial buscar atendimento médico imediato.
Enquanto isso, as prefeituras locais reforçaram o apelo à população para que adote medidas preventivas, como evitar o consumo de alimentos vendidos em condições precárias e manter os cuidados com a hidratação.