Sete possíveis casos de reinfecção por COVID-19 são investigados no Brasil

"Isso pode ser devido a uma reativação do patógeno após “um período de inatividade” no corpo do paciente e, finalmente, a uma “possível reinfecção”

25/08/2020 23:58 Atualizado: 26/08/2020 00:19

Por Agência EFE

Um hospital brasileiro informou na terça-feira que está investigando sete possíveis casos de reinfecção do vírus do PCC (Partido Comunista Chinês).

O Hospital de las Clínicas, da cidade de São Paulo, indicou que os sete pacientes suspeitos estão fazendo exames clínicos “adicionais” após apresentarem sintomas e darem positivo no teste diagnóstico “em dois períodos distintos”.

“Todos os casos ainda estão em investigação”, disse a clínica, referência no sistema público de saúde brasileiro, em nota, em meio às expectativas internacionais para os primeiros casos de reinfecção da doença.

As autoridades de Hong Kong confirmaram na segunda-feira o primeiro caso documentado de reinfecção em um homem de 33 anos que foi infectado novamente após uma viagem à Espanha e quatro meses após o testar positivo pela primeira vez.

Uma enfermeira realiza teste COVID-19 em morador da comunidade ribeirinha de Belavista do Jaraqui, no rio Negro, a uma hora de barco de Manaus, em 29 de maio de 2020 no Brasil (Andre Coelho / Getty Images)
Uma enfermeira realiza teste COVID-19 em morador da comunidade ribeirinha de Belavista do Jaraqui, no rio Negro, a uma hora de barco de Manaus, em 29 de maio de 2020 no Brasil (Andre Coelho / Getty Images)

Nesta terça-feira, a Holanda e a Bélgica relataram os dois primeiros casos de reinfecção de COVID-19 na Europa.

No entanto, os médicos do Hospital de las Clínicas consideram três possibilidades que podem explicar o aparecimento, novamente, dos sintomas causados ​​pela SARS-CoV-2, que já ceifou a vida de mais de 115 mil pessoas e infectou 3,6 milhões no Brasil.

A primeira hipótese é que se trate de um vírus diferente, o que poderia confundir os pesquisadores na presença de “fragmentos inativos do vírus que causa a COVID-19” que ainda permanecem no corpo do paciente, informou o hospital em nota.

Também pode ser devido a uma reativação do patógeno após “um período de inatividade” no corpo do paciente e, finalmente, a uma “possível reinfecção”.

Vista de uma rua movimentada em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, em 12 de maio de 2020 em meio à pandemia do vírus CCP. (EDUARDO VALENTE / AFP via Getty Images)
Vista de uma rua movimentada em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, em 12 de maio de 2020 em meio à pandemia do vírus CCP. (EDUARDO VALENTE / AFP via Getty Images)

O Hospital de las Clínicas afirmou ainda que possui um “ambulatório” específico para monitorar possíveis casos de reinfecção pelo vírus do PCC.

O Brasil, que tem uma população estimada em cerca de 210 milhões de pessoas, registrou seu primeiro caso de COVID-19 no dia 26 de fevereiro, precisamente em São Paulo e que representou também o primeiro contágio relatado na América Latina.

Seis meses depois, o vírus ainda está ativo em algumas regiões do país, com uma média diária de mortes em torno de mil.

A taxa de mortalidade pela doença no Brasil é de 54,9 óbitos por 100 mil habitantes, segundo o último balanço do Ministério da Saúde.

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