Servidores da Fiocruz recomeçam greve por reajuste salarial e reformas

Por Redação Epoch Times Brasil
07/08/2024 19:47 Atualizado: 07/08/2024 19:47

Após uma paralisação de um dia na semana passada, os servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciaram uma nova greve nesta quarta-feira (07). 

A paralisação, que vai até quinta-feira (08), é parte de uma estratégia para pressionar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva a atender suas demandas por reajuste salarial e reformas no plano de remuneração e cargos.

O impasse nas negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz e o governo persiste após cerca de um ano de conversas. O governo federal propôs um reajuste de 9% para 2025 e 4% para 2026, mas a proposta foi rejeitada. 

Os funcionários da Fiocruz reivindicam reajustes de 20% em 2024, 20% em 2025 e mais 20% em 2026.

O sindicato argumenta que, nos últimos 15 anos, os funcionários da Fiocruz sofreram perdas de poder de compra de aproximadamente 59% para trabalhadores de nível superior e 75% para os de nível intermediário. 

“A greve é uma consequência da insatisfação com a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação [em Serviços Públicos], que não condiz com as perdas salariais dos trabalhadores da Fiocruz desde 2010”, ”, disse o presidente do Sindicato, Paulo Garrido.

Garrido afirmou que a diretoria do sindicato está negociando um acordo com os servidores e cobrou reconhecimento do governo Lula. 

“Nossa expectativa é um reconhecimento pelo governo a toda contribuição da Fiocruz ao povo brasileiro com valorização concreta de seus trabalhadores e trabalhadoras”, disse Garrido.

No domingo (4), o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, se encontrou com o presidente Lula em Santiago do Chile e entregou uma carta assinada por ele e pelo conselho deliberativo da instituição. 

O documento destaca as contribuições da Fiocruz para o Brasil e solicita o apoio de Lula para revisar a proposta apresentada ao sindicato.

Em resposta, uma nota publicada no site do Ministério da Gestão e Inovação mencionou que já foram firmados acordos com 28 categorias diferentes, mas a Fiocruz está entre as 17 em que as negociações ainda estão em andamento.

Uma nova assembleia dos servidores está prevista para a manhã de quinta-feira (08).