Serviços mostram leve alta na confiança em agosto, mas empresários permanecem cautelosos, afirma FGV

Por Redação Epoch Times Brasil
29/08/2024 20:30 Atualizado: 29/08/2024 20:30

O Índice de Confiança de Serviços (ICS), divulgado pelo FGV IBRE na quinta-feira (29), subiu 0,4 ponto em agosto de 2024, atingindo 94,6 pontos. Esse é o maior nível desde abril e sugere uma estabilização da confiança no setor de serviços, apesar das oscilações ao longo do ano. A média móvel trimestral do índice variou apenas 0,1 ponto, mantendo-se praticamente estável.

O ICS é formado por dois subindicadores: o Índice de Situação Atual (ISA-S) e o Índice de Expectativas (IE-S). Em agosto, o ISA-S subiu 0,6 ponto, chegando a 96,7 pontos, refletindo uma percepção mais positiva dos empresários sobre as condições atuais do setor. O IE-S teve uma leve alta de 0,1 ponto, alcançando 92,6 pontos, após queda no mês anterior.

Índice de Situação Atual (ISA-S): O ISA-S, que mede a avaliação dos empresários sobre as condições atuais do setor, teve um aumento de 0,4 ponto no indicador de volume de demanda atual, que atingiu 97,0 pontos. Além disso, o indicador de situação atual dos negócios subiu 0,8 ponto, alcançando 96,4 pontos.

Esses resultados sugerem que, apesar da estabilidade geral do setor, há uma percepção de melhora nas condições de mercado no curto prazo.

Índice de Expectativas (IE-S): O IE-S, que mede as expectativas dos empresários para os próximos meses, teve um leve aumento em agosto. O indicador de demanda prevista para os próximos três meses subiu 1,0 ponto, chegando a 93,8 pontos, sugerindo um otimismo moderado para o curto prazo.

No entanto, o indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses caiu 0,7 ponto, atingindo 91,6 pontos, indicando uma cautela entre os empresários quanto à sustentabilidade dessa recuperação no médio prazo.

Segmentos de serviços

O relatório também destacou a performance dos diferentes segmentos dentro do setor de serviços. Em particular, os serviços prestados às famílias continuam a mostrar resiliência, sendo o segmento mais otimista do setor. Mesmo com um primeiro semestre marcado pela cautela, esse segmento manteve uma tendência positiva, especialmente no terceiro trimestre.

Apesar da leve recuperação em agosto, o relatório do FGV IBRE alerta que o setor de serviços ainda enfrenta um ambiente de negócios desafiador. A continuidade da alta na confiança depende de fatores macroeconômicos, como a estabilidade das taxas de desemprego e o crescimento da renda. No entanto, o fim do ciclo de queda da taxa de juros e as incertezas econômicas permanecem como fatores de risco, podendo impactar negativamente o setor nos próximos meses.