Por Agência EFE
João Doria, governador de São Paulo, o estado brasileiro mais atingido pelo novo coronavírus, anunciou na segunda-feira a “reabertura gradual” da economia quando a quarentena, em vigor desde 24 de março, terminará em 10 de maio.
“O governo de São Paulo divulgará na quarta-feira, 22, o planejamento para a reabertura gradual dos setores produtivos, que será implementado no final desta etapa de quarentena, em 10 de maio”, afirmou Doria em suas redes sociais.
O governador do estado mais populoso do Brasil, com cerca de 46 milhões de habitantes, disse que esse retorno às atividades levará em consideração “vários fatores, como a disseminação da pandemia”, a “situação do sistema de saúde e o distanciamento social” .
“Todas as medidas estarão alinhadas com o Comitê de Saúde do Centro de Contingência de Coronavírus. A ciência continuará a guiar nossas ações”, enfatizou em seu perfil oficial no Twitter.
No entanto, ele afirmou que é “fundamental” que a população permaneça em suas respectivas casas, mantendo o “índice de isolamento social até 10 de maio”.
“Continuaremos trabalhando para salvar vidas”, acrescentou.
O estado de São Paulo, que desde 24 de março mantém fechados todos os estabelecimentos comerciais, exceto os essenciais, é o epicentro da pandemia no Brasil, com 1037 mortes e 14.580 casos confirmados de COVID-19 a partir de segunda-feira.
Em todo o país, foram registradas 2575 mortes e 40.581 infecções desde que o primeiro caso foi detectado em território brasileiro em 26 de fevereiro, também o primeiro da América Latina, de acordo com o último balanço oficial.
O anúncio de Doria, defensor das medidas de restrição de mobilidade para conter a expansão do patógeno, contrasta com a previsão do Ministério da Saúde, que espera o pico da pandemia para maio ou junho.
O chefe de Estado, contrário do confinamento e defensor do retorno ao trabalho, chamou as quarentenas de “crime”.
Os apoiadores de Bolsonaro protestaram nas últimas semanas nas ruas da capital paulista contra a quarentena imposta por Doria e exigiram um retorno ao trabalho.
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