Robô antibombas salvou policiais em operação sobre explosões em Brasília, afirma diretor da PF

Por Redação Epoch Times Brasil
14/11/2024 18:33 Atualizado: 14/11/2024 18:33

Em entrevista coletiva na manhã de quinta-feira (14), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, revelou detalhes sobre uma operação feita em Ceilândia (DF), na casa alugada por Francisco Wanderley Luiz — apontado como autor das explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de terça-feira (13).

Segundo Rodrigues, após os atentados, agentes federais realizaram buscas na residência do homem morto pela própria ação, usando um robô antibombas.

“Nossa equipe fez buscas na residência de Ceilândia e, felizmente, utilizamos a boa doutrina da nossa instituição e da Polícia Militar também, para fazer a entrada nesse tipo de ambiente. E entramos com nosso robô antibombas. O robô entrou na residência e, ato contínuo, ao abrir uma gaveta para fazer a busca, houve uma explosão”, relatou o diretor.

O robô foi utilizado para realizar a entrada na residência, evitando que os policiais se expusessem a riscos, de acordo com Rodrigues.

“Uma explosão gravíssima que o uso do robô salvou a vida de alguns policiais que, se tivessem ingressado na residência, não sobreviveriam àquela gravidade da explosão”, completou.

Durante a varredura, mais explosivos com simuladores de granadas foram encontrados, construídos artesanalmente, “mas com grau de lesibilidade muito grande”, nas palavras do diretor.

“Isso, de fato, poderia causar um dano ainda maior se o intento fosse concluído. Além disso, essa pessoa portava com ela um extintor de incêndio carregado de gasolina, que simulava um lança-chamas”, conjecturou o chefe da PF. No porta-malas do veículo de Francisco, também foram achados fogos de artifício.

Rodrigues alegou que “há indícios de planejamento de longo prazo” nas investigações preliminares, rejeitou a hipótese de que o fato tenha sido isolado e atribuiu previamente a tragédia a supostos “grupos extremistas”.

“Esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica. Entendemos que esse episódio de ontem não é um fato isolado, mas é conectado a várias outras ações, que, inclusive, a Polícia Federal tem investigado em um período recente”, incitou.