O restaurante Tuju, localizado em endereço nobre no bairro Jardim Paulistano, em São Paulo, foi incluído na seleta lista dos 16 mais bonitos do mundo em 2024, do Prix Versailles. É o único estabelecimento brasileiro na relação.
O prêmio Prix Versailles foi criado pela UNESCO em 2015 para escolher anualmente os restaurantes recém-inaugurados ou reabertos com o melhor design e projetos de arquitetura no mundo.
Agora, os 16 restaurantes mais belos de 2024 competirão pelos títulos mundiais do Prix Versailles nas categorias de Interior e Exterior. Os resultados serão anunciados na sede da UNESCO no final de novembro.
Veja a lista completa dos 16 mais bonitos do mundo
Além do paulistano Tuju, estão na lista do Prix Versailles os seguintes restaurantes:
Ariana’s Persian Kitchen, de Dubai, Emirados Árabes Unidos;
Reine & La Rue, de Melbourne, Austrália;
Cristal Room by Anne-Sophie Pic e o Tomacado, ambos de Hong Kong, China;
Virador Beach Club, na Peninsula Papagayo, Costa Rica;
Blanc, Ladurée e Riviera Fuga, os três em Paris, França;
Beefbar, em Milão, Itália;
The Oreum, em Goyang, República da Coreia;
Auyl, em Almaty, Cazaquistão;
Madi Hiyaa, em Atol de Malé Norte, Maldivas;
Harudot, em Chonburi, Tailândia;
Nusara, em Bangkok, Tailândia;
ILIS, em Nova York, Estados Unidos.
Três andares de sofisticação
O projeto do Tuju é assinado pelo arquiteto Angelo Bucci. Com um contraste entre concreto e natureza e aproveitando a iluminação natural, o casarão de três andares está situado em uma rua bucólica sem saída.
Seu interior conta com amplos jardins verticais. No térreo, os clientes degustam pequenas entradas servidas para serem comidas com as mãos, tendo como cenário a adega e um jardim interno com destaque para uma enorme jabuticabeira, circundada por mesas altas; no segundo andar, encontra-se o salão principal do restaurante, onde os clientes podem ver a equipe trabalhando na enorme cozinha aberta, cercada por apenas nove mesas. No terceiro piso, há um grande bar com vista.
Se a arquitetura e o design do Tuju ganharam destaque internacional, a apresentação dos pratos de alta gastronomia sob o comando do chef Ivan Ralston também não fica atrás em termos de beleza, modernidade e criatividade.
Cada montagem parece uma obra de arte feita com ingredientes da época, característica principal do cardápio. Isso justifica os menus serem batizados de Umidade (primavera), Chuva (verão), Ventania (outono) e Seca (inverno).
Trajetória com estrelas
O Tuju foi inaugurado por Ralston em 2014 e, já no ano seguinte, conquistou uma estrela Michelin. Em 2016, entrou para a lista dos 50 melhores restaurantes da América Latina, a LatAm 50 Best Restaurants.
Em 2018, recebeu a segunda estrela Michelin e, em 2019, entrou para a premiação La Liste, figurando entre os 100 melhores restaurantes do mundo.
Em 2020, o restaurante fechou para dar espaço a um bar com uma proposta mais informal, prometendo que o Tuju retornaria em breve. A promessa foi concretizada no ano passado.
No Tuju, o cuidado com os detalhes vai além da arquitetura e da decoração que chamaram a atenção do Prix Versailles, e da elaboração do cardápio que atrae clientes dispostos a desembolsar R$ 890 pelo menu com 10 pratos.
“Reciclamos, reutilizamos a água da chuva e fazemos compostagem. Utilizamos produtos sazonais de pequenos produtores, em sua maioria do estado de São Paulo, e temos um centro de pesquisa que encontra aqueles que trabalham de forma justa, ética e sustentável”, contou o chef Ralston ao guia Michelin.