Por Bruna Lima, Terça Livre
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia, apresentou nesta sexta-feira (18) a lista com nomes de 14 investigados pela Comissão.
Entre os nomes presente no relatório, estão do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e dos ex-ministros, Eduardo Pazuello, da Saúde e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores.
Os cidadãos que inicialmente eram testemunhas, passam agora a ser investigadas.
Em entrevista coletiva, Renan Calheiros, que é investigado por corrupção, disse que o critério para a escolha dos investigado foi o fato “delas já terem prestado depoimento à CPI”, 6 dos nomes da lista, no entanto, ainda não prestaram depoimentos.
Segundo o relator da CPI, a mudança de testemunha para investigado traz a suposta segurança jurídica.
“A partir da declaração dessa condição de investigado, ele passa a ter acesso a informações e acesso às provas e indícios que estão sendo juntados na investigação”, disse Calheiros.
Quando uma pessoa passa a ser investigada, a CPI tem o poder de aprovar quebra de sigilos e ainda pode determinar operações de busca e apreensão em endereços ligados a eles.
Também passam a ser investigados os médicos Mayra Pinheiro, Nise Yamaguchi; Luciano Dias Azevedo e Paolo Zanotto; o empresário Carlos Wizard; o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten; o ex-assessor especial da Presidência da República, Arthur Weintraub; a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Francieli Fantinato; o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco; o secretário do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto e o ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo.
De acordo com a assessoria de imprensa do Senado, os nomes são dos integrantes do suposto “gabinete paralelo”, teoria criada por senadores de oposição que compõe a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.
Senador do PT condenado por improbidade na Saúde apresenta ‘PowerPoint’ sobre ‘gabinete paralelo’.
O assunto esteve na pauta do Boletim da Noite dessa sexta-feira (18). O advogado e analista político do Terça Livre, Bruno Dornelles, lembrou da atuação de senadores de oposição na CPI do Senado Federal.
“Essa CPI não passa de um circo. Inclusive, acredito que a classe política, principalmente aquela que é opositora ao governo Bolsonaro, que está trabalhando principalmente pelo establishment político pertencente a Brasília, ela está conseguindo dar um verdadeiro tiro no pé”, pontuou o analista ao analisar que apesar dos ataques, muitas narrativas contra o Governo Bolsonaro estão sendo desmentidas durante os depoimentos.
“Acredito que essa CPI, depois que terminar, mostrará que os apoiadores do governo Bolsonaro serão maiores”, continuou Dornelles.