R$ 8,69 bilhões ainda não foram resgatados no Sistema de Valores a Receber

Por Redação Epoch Times Brasil
09/01/2025 08:13 Atualizado: 09/01/2025 08:13

Até o fim de novembro de 2023, aproximadamente R$ 8,69 bilhões de recursos esquecidos no sistema financeiro permaneciam não resgatados pelos brasileiros, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (8).

Esses valores fazem parte de um total de R$ 17,63 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras no Sistema de Valores a Receber (SVR).

Desde o início do programa, em fevereiro de 2022, mais de 27 milhões de correntistas já retiraram seus valores, mas a maior parte dos beneficiários ainda não fez o saque.

Entre os que não realizaram o resgate, a maioria tem direito a quantias pequenas. De acordo com os dados, 64,88% dos beneficiários não retiraram valores de até R$ 10, enquanto 23,68% têm valores entre R$ 10,01 e R$ 100. Somente 1,75% dos correntistas têm direito a valores superiores a R$ 1 mil.

Até novembro, o programa já havia devolvido R$ 8,93 bilhões, mas com a transferência dos recursos para o Tesouro Nacional, qualquer saque deve ser feito por meio de ação judicial, e o dinheiro não reclamado será incorporado ao patrimônio da União após 25 anos.

Além disso, o BC anunciou melhorias no SVR, como a possibilidade de empresas encerradas consultarem valores esquecidos. Para empresas com CNPJ inativo, o representante legal agora pode acessar o sistema com a conta pessoal Gov.br e realizar a consulta.

O processo de devolução também inclui novas fontes de recursos, como contas encerradas em instituições financeiras, cotas de cooperativas de crédito e valores de consórcios não retirados.

Entretanto, o BC alerta para a necessidade de cautela contra golpes relacionados ao SVR. Estelionatários têm se aproveitado da popularidade do sistema para enganar os correntistas, oferecendo serviços pagos de intermediação, apesar de todos os serviços do sistema serem gratuitos.

O valor de R$ 8,69 bilhões ainda não resgatado comporá os R$ 55 bilhões destinados ao governo para a compensação da desoneração da folha de pagamento até 2027. A decisão final sobre o repasse ao Tesouro será feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF).