Por Brehnno Galgane, Terça Livre
Com uma baixa eficácia, o Ministério da Saúde pesquisa a criação de um plano de ação para encerrar o uso da CoronaVac no Brasil. Segundo matéria do Correio Braziliense divulgada no último sábado (19), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, apontou que há muitos casos de pessoas que chegaram a tomar as duas doses do imunizante chinês e mesmo assim foram infectadas.
De acordo com a matéria, o ministro da Saúde quer dar fim aos contratos de compra do imunizante, que é atualmente produzido pelo Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Segundo a pasta, o objetivo é adquirir somente as doses que já foram contratadas e reforçar aquisições das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer, já utilizadas no Brasil. As vacinas da Janssen também foram adquiridas recentemente.
Conforme estudos durante a fase de testes, a CoronaVac possui uma eficácia global de 50,38%. Já segundo o estudo Vaccine Effectiveness in Brazil Against COVID-19, a eficácia geral da vacina chinesa para quem tem mais de 80 anos está em torno de 28%.
Outra solução estudada pelo Ministério da Saúde é a ButanVac. O imunizante brasileiro está sendo testado e pode ser aprovado no segundo semestre.
“Creio que a CoronaVac está com seus dias contados aqui no Brasil como imunizante efetivo, porque o nível de eficácia era muito baixo. Houve muita pressão política, aquela precipitação do João Doria, que, de forma muito pesada no campo político, tentou estabelecer o imunizante como o primeiro que viria ao Brasil. Ele quis lançar isso com o laboratório lá de São Paulo, enfim, as consequências nós estamos assistindo”, comentou Carlos Dias, durante o Boletim da Manhã de segunda-feira (21).
“Estamos vendo que aprovamos uma vacina com 50,3% de eficácia. A palavra está com o Ministério da Saúde e a Anvisa, que é o nosso órgão regulador da Saúde. Provavelmente deve seguir o mesmo caminho das agências europeias e também da Costa Rica”, disse o analista político, lembrando o fato de que alguns órgãos pelo mundo estão reprovando o imunizante chinês.
“Pelo visto, é como já falamos aqui, é uma luta política, o Brasil vive uma luta política, ninguém está em busca da saúde. Esses grupos externos, imprensa, os grupos de esquerda, ninguém está preocupado com isso”, lamentou o analista político.
“Basta olhar essa CPI da Covid e você, observando o Senado, quem ali está preocupado com a saúde? Estou falando daqueles grupos que controlam, notadamente o presidente Omar Aziz, o vice-presidente Randolfe Rodrigues e o relator que espanta qualquer um, o senador Renan Calheiros. Esses grupos não têm interesse absolutamente em achar a verdade ou de procurar algum espaço de condição de melhora de saúde para a população”, concluiu Carlos Dias.