Queimadas na Amazônia registram mais de 2.500 focos de incêndio em São Félix do Xingu e Altamira

Pará decreta estado de emergência para conter queimadas que atingem níveis críticos nos últimos dias.

Por Redação Epoch Times Brasil
02/09/2024 11:15 Atualizado: 02/09/2024 11:15

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entre 25 e 31 de agosto destacaram a gravidade das queimadas em diversos biomas do Brasil, com especial atenção para a Amazônia, onde a situação no Pará e Amazonas se tornou crítica. Nesse período, foram identificados mais de 100 focos de incêndio em 37 municípios amazônicos, com São Félix do Xingu e Altamira liderando o número de focos ativos.

Em São Félix do Xingu, no Pará, foram registrados 1.443 focos de incêndio, seguidos de 1.102 em Altamira. Esses municípios lideram em queimadas no país.

A situação levou o governador do Pará, Helder Barbalho, a decretar estado de emergência na terça-feira, 27 de agosto, como uma medida para tentar controlar a expansão das queimadas.

O decreto do governo do Pará proíbe o uso de fogo para limpeza e manejo de áreas em todo o estado, como resposta ao aumento dos incêndios florestais na Amazônia. A medida, válida por 180 dias, inclui sanções penais, administrativas e civis para quem descumprir as regras, visando conter a devastação da floresta.

Ação dos bombeiros e desafios no pantanal

Enquanto o Pará enfrenta um aumento drástico nas queimadas, outras regiões do Brasil também sofrem com incêndios florestais. No Pantanal, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso atuou em 36 focos de incêndio em um único dia, 31 de agosto. Os focos de incêndios no pantanal cresceram 2.148%, saindo de 408 em 2023 para 9.175 no período de janeiro a setembro.

No Pantanal, 56 bombeiros foram mobilizados em pontos críticos, como a RPPN Sesc Pantanal e a Fazenda Cambarazinho. Eles contaram com o apoio de aviões, viaturas, máquinas, barcos e um caminhão-pipa, além da colaboração de outras instituições e das Forças Armadas.

Cerrado e outras regiões

No Cerrado, a situação é igualmente preocupante. Nove municípios registraram mais de 100 focos de calor no período analisado. Lagoa da Confusão, em Tocantins, foi a mais afetada, com 282 focos, um aumento de 163 focos em relação à semana anterior.

Queimadas em São Paulo

O estado de São Paulo também registrou focos de incêndio, embora em menor intensidade. No sábado, 31 de agosto, a Defesa Civil relatou sete focos, incluindo um em Pedregulho, que permaneceu ativo até a tarde de domingo, 1º de setembro. Na região metropolitana de São Paulo, um incêndio em Osasco destruiu ao menos 20 barracos, mas não houve registro de vítimas.

A matéria contou com informações da Agência Brasil.