Queda na intenção de investimento na indústria da construção

Por Redação Epoch Times Brasil
23/09/2024 15:40 Atualizado: 23/09/2024 15:40

A indústria da construção brasileira teve queda na intenção de investimentos pelo segundo mês consecutivo em agosto de acordo com a Sondagem da Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar disso, o setor manteve um desempenho alto no mês.

A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) do setor registrou um aumento, alcançando 68%, 1% acima do valor observado em julho. Isso significa que as empresas estão utilizando mais recursos das empresas para tentar produzir mais.

Esse aumento significa otimismo moderado, especialmente nas empresas de serviços de construção, que alcançaram 72% de utilização, o maior nível registrado para o mês desde 2012.

A pesquisa mostrou que, embora os índices de atividade e emprego tenham ficado próximos da estabilidade (50 pontos), seguem acima do comum para agosto.

O índice de atividade fechou em 49,7 pontos, uma queda em relação a julho. O índice de emprego atingiu 50,1 pontos, sinalizando estabilidade no número de empregados. Obras de infraestrutura registraram alta na atividade, com 51,4 pontos, enquanto construção de edifícios e serviços especializados apresentaram quedas, com 48,4 e 48,6 pontos.

No emprego, infraestrutura liderou com 51,7 pontos, seguido de estabilidade nos serviços especializados (49,7) e queda na construção de edifícios (48,0).

Confiança do empresariado apresenta alta

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção subiu 2 pontos em setembro, atingindo 53,3 pontos. Esse avanço aproxima o índice de sua média histórica de 53,8 pontos, embora a confiança ainda seja moderada e as condições econômicas sejam vistas de forma negativa.

O Índice de Condições Atuais, que avalia a percepção dos empresários sobre a economia e suas empresas, subiu de 47,4 para 48,8 pontos. Apesar da alta, o índice permanece abaixo de 50, indicando que os empresários ainda veem a economia como desfavorável. No entanto, em relação às próprias empresas, o otimismo é maior, com o índice subindo para 51,3 pontos.

Já o Índice de Expectativas, que projeta o cenário para os próximos seis meses, subiu para 55,5 pontos, indicando maior otimismo. A expectativa para o desempenho das empresas atingiu 58,9 pontos, enquanto a perspectiva para a economia brasileira, embora ainda negativa, subiu para 48,7 pontos.

Investimentos

Apesar dos dados positivos, a intenção de investimento recuou pelo segundo mês seguido, caindo de 44,7 para 43,9 pontos, ainda acima da média histórica de 37,6 pontos.

A queda na intenção de investimento representa um problema grave para o setor, especialmente em um cenário de crise de demanda, como apontado pela conjuntura atual.