A produção industrial no Brasil teve leve alta de 0,1% em agosto em relação ao mês anterior, segundo a Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), interrompendo a queda de 1,4% registrada em julho. Apesar do aumento geral, a maioria dos setores mostrou queda na produtividade.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção industrial avançou 2,2%, marcando o terceiro mês consecutivo de crescimento.
No acumulado de 2024, de janeiro a agosto, a produção industrial teve crescimento de 3,0%. A taxa anualizada, que considera os últimos doze meses até agosto, apresentou alta de 2,4%, superando os resultados dos meses anteriores, como julho (2,2%) e junho (1,5%).
Entre os setores da indústria, as indústrias extrativas tiveram o maior impacto positivo, com alta de 1,1% em agosto, recuperando parte da queda de 2,2% de julho. Também contribuíram para o crescimento os setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,6%), equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (4,0%) e produtos químicos (0,7%).
Por outro lado, 18 dos 25 setores pesquisados pelo IBGE tiveram retração em agosto. Os mais afetados foram veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,3%), produtos diversos (-16,7%) e impressão e reprodução de gravações (-25,1%). Também registraram quedas máquinas e materiais elétricos (-6,2%), produtos de metal (-4,0%), metalurgia (-2,5%) e bebidas (-3,4%).
Ao analisar as grandes categorias econômicas, os bens de consumo semi e não duráveis tiveram aumento de 0,4%, enquanto os bens intermediários cresceram 0,3%, ambos revertendo quedas observadas no mês anterior. Entretanto, os bens de capital recuaram 4,0%, e os bens de consumo duráveis caíram 1,3%, interrompendo o crescimento observado nos dois meses anteriores.
No acumulado de janeiro a agosto de 2024, os destaques positivos foram veículos automotores, reboques e carrocerias, com alta de 8,8%, impulsionada pela maior produção de caminhões, ônibus e automóveis. Outros setores que contribuíram para o crescimento foram produtos alimentícios (3,2%), indústrias extrativas (2,3%) e coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (1,8%).
A produção de bens de capital, que inclui máquinas e equipamentos, subiu 6,6% no acumulado do ano, com destaque para equipamentos de transporte industrial (18,0%). O setor de bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos e automóveis, cresceu 8,6% no mesmo período.