O Procon de São Paulo já recebeu 1.115 queixas relacionadas às compras da Black Friday, evento que acontece tradicionalmente no final de novembro. As reclamações começaram a ser registradas em 30 de outubro, quando a entidade disponibilizou um link específico em seu site, para que os consumidores pudessem registrar suas queixas sobre promoções e ofertas.
Os principais problemas relatados pelos consumidores incluem a não entrega ou a demora na entrega de produtos, que somam 394 casos. Outros 142 consumidores reclamaram de mercadorias ou serviços entregues de forma diferente do pedido, incompletos ou danificados.
Também houve 128 registros de pedidos cancelados após a finalização da compra, além de 105 ocorrências de produtos ou serviços indisponíveis. A “maquiagem de desconto”, ou seja, ofertas que não são tão vantajosas quanto parecem, foi mencionada em 101 queixas.
Dicas da Febraban para compras seguras
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta os consumidores sobre os cuidados necessários ao fazer compras durante a Black Friday. A entidade recomenda que os compradores priorizem lojas conhecidas e verifiquem a reputação de sites não tão familiares por meio de plataformas de reclamações.
Além disso, a federação sugere que o consumidor acesse os sites diretamente, digitando o endereço no navegador, e desconfie de promoções com descontos extremamente baixos em relação ao preço original dos produtos.
A Febraban também destaca a importância de verificar a legitimidade de e-mails promocionais, especialmente os recebidos de empresas desconhecidas, e tomar cuidado com links suspeitos.
Para aumentar a segurança nas compras online, a entidade aconselha utilizar o modelo de compra garantida, no qual a plataforma só libera o pagamento após a confirmação da entrega do produto.
Em compras em redes sociais, é importante verificar se a página possui selo de autenticação, se há um número significativo de seguidores e se os comentários dos consumidores são positivos.
A utilização de cartões virtuais e serviços de notificação de transações também foi recomendada como uma forma de evitar fraudes.