Previsão do PIB aumenta, porém expectativa de aumento dos preços e inflação sobe pela quinta semana consecutiva

O Banco Central (BC) divulgou hoje (10) o Relatório Focus referente ao dia 7 de junho, que destaca as expectativas do mercado para diversos indicadores econômicos do Brasil. A análise revela um cenário econômico de cautela, com um foco notável no aumento dos índices de preços pela quinta semana consecutiva.

Índices de preços

• IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)
  O IPCA, que mede a inflação oficial do país, sofreu um aumento na expectativa de 3,76% há quatro semanas para 3,90% atualmente. Este incremento contínuo, observado ao longo de cinco semanas, reflete uma pressão inflacionária persistente. Os fatores que impulsionam essa alta incluem o aumento dos custos de energia e dos alimentos, que são componentes significativos no cálculo do IPCA. O IPCA de maio também subiu de 0,30 a 4 semanas para 0,40.
• IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado)
  O IGP-M também apresentou um aumento notável, de 2,34% há quatro semanas para 2,96% atualmente. Este índice é amplamente utilizado para reajustes de contratos de aluguel e tarifas de serviços públicos. A persistente elevação do IGP-M sugere uma propagação das pressões inflacionárias em diferentes setores da economia.
• IPCA Administrados
  Os preços administrados, que incluem itens como tarifas de energia elétrica, também mostram uma expectativa elevada, com uma previsão estável em 4,00%. Embora a taxa não tenha aumentado na última semana, a manutenção desse nível alto indica uma resistência das pressões inflacionárias.

Outros indicadores econômicos

• PIB (Produto Interno Bruto)
  A expectativa de crescimento do PIB para 2024 manteve-se estável em 2,09%. Isso sugere que, apesar das pressões inflacionárias, o mercado ainda prevê um crescimento econômico moderado para o ano. A estabilidade na previsão do PIB pode ser vista como um sinal de resiliência econômica frente às adversidades inflacionárias.
• Taxa de câmbio (R$/US$)
  A previsão para a taxa de câmbio permaneceu estável em R$5,05. A manutenção dessa expectativa reflete um cenário de relativa estabilidade na relação entre o real e o dólar, crucial para a previsibilidade nas transações comerciais e financeiras internacionais.

Taxa Selic

A taxa Selic, principal ferramenta de política monetária para controle da inflação, manteve sua previsão em 10,25%. Isso demonstra que o Banco Central está comprometido em usar a taxa de juros para conter a inflação, mantendo um patamar elevado para controlar a demanda.