Prévia da inflação sobe 0,13% em setembro com alta no custo de habitação

Combustíveis e alimentos ajudam a conter avanço do IPCA-15 em setembro.

Por Redação Epoch Times Brasil
25/09/2024 12:20 Atualizado: 25/09/2024 12:20

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,13% em setembro de 2024, conforme dados do IBGE. O indicador reflete a variação de preços entre 15 de agosto e 13 de setembro, sendo utilizado como referência para acompanhar o comportamento da inflação no país.

O resultado representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o indicador subiu 0,19%. No acumulado de 2024, o IPCA-15 registra uma elevação de 3,15%, enquanto nos últimos 12 meses, o índice atingiu 4,12%, inferior aos 4,35% observados nos 12 meses anteriores.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em setembro. O maior impacto foi no de Habitação, com aumento de 0,50%, que acrescentou 0,08% ao IPCA-15. Alimentação e Bebidas, o grupo mais relevante, permaneceu estável em 0,05%, após dois meses de queda. As demais variações foram de -0,08% em Transportes a 0,32% em Saúde e Cuidados Pessoais.

O avanço de Habitação foi puxado pela alta de 0,84% na energia elétrica residencial, refletindo a bandeira tarifária vermelha vigente desde 1º de setembro. Também houve reajustes regionais, com queda de 2,75% em Belém e aumento de 0,06% em Porto Alegre. Outro destaque foi o reajuste nas tarifas de água e esgoto, com altas em Salvador, Fortaleza e São Paulo, onde houve uma redução média de 0,61%.

Por outro lado, o grupo Transportes registrou uma retração de 0,08%, com o maior impacto negativo vindo dos combustíveis. A gasolina caiu 0,66%, enquanto o etanol recuou 1,22%. Em contrapartida, o gás veicular subiu 2,94% e o óleo diesel teve alta de 0,18%. As passagens aéreas registraram aumento de 4,51% em setembro.

No grupo Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio teve variação de -0,01%, após recuar 1,30% no mês anterior. Os preços de itens como cebola (-21,88%), batata-inglesa (-13,45%) e tomate (-10,70%) caíram, enquanto o mamão (30,02%) e a banana-prata (7,29%) registraram altas. A alimentação fora do domicílio desacelerou, com alta de 0,22%, menor que a variação de 0,49% observada em agosto.