Presidente do Solidariedade é alvo da Polícia Federal por desvio de milhões do fundo eleitoral

Por Redação Epoch Times Brasil
12/06/2024 13:55 Atualizado: 12/06/2024 13:55

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (12) uma operação tendo como alvo o presidente nacional do partido Solidariedade, Eurípedes Júnior. Ele é acusado de envolvimento em um esquema de desvio de R$ 36 milhões do fundo eleitoral. 

Ao todo, são cumpridos 45 mandados de busca e apreensão e 7 de prisão preventiva. A operação, intitulada “Desvio Eleitoral”, investiga a utilização irregular de recursos do fundo eleitoral destinado ao Solidariedade. Segundo a PF, Eurípedes teria articulado um esquema para desviar verbas públicas através de contratos fictícios e empresas de fachada.

A operação também mira outros supostos envolvidos no esquema, incluindo assessores e empresários que teriam colaborado com o desvio. A expectativa é que novos desdobramentos ocorram nos próximos dias, com possíveis prisões e novas apreensões.

Os alvos são dirigentes, ex-dirigentes e candidatos que concorreram a cargos pelo PROS (Partido Republicano da Ordem Social) nas eleições de 2018, antes de a sigla ser incorporada ao Solidariedade.

As investigações tiveram início em 2018 e, de acordo com fontes da Polícia Federal, até 2023, estima-se que R$ 36 milhões tenham sido desviados. 

Entre os bens adquiridos com o dinheiro desviado, está um helicóptero avaliado em R$ 2,4 milhões, supostamente comprado pelo presidente para uso pessoal em deslocamentos de Planaltina (GO), onde tem residência, até a sede do partido, em Brasília.

A defesa de Eurípedes Júnior negou as acusações e afirmou que todas as atividades financeiras do partido são realizadas dentro da legalidade.

Em nota enviada à imprensa, o Solidariedade informou que “esses são fatos ocorridos antes da incorporação do Pros ao Solidariedade”. “Não temos como responder sobre algo que aconteceu antes dessa junção”, afirmou o partido.

Os investigados podem responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral, de acordo com a PF.