Por Bruna de Pieri, Terça Livre
“Essa história de que está estabelecido na literatura que o tratamento precoce não tem efeito na fase inicial é mentira”, afirmou o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, em entrevista à Jovem Pan na quinta-feira (25).
Sem nenhuma autoridade em saúde humana, a extrema-imprensa e grupos majoritariamente de esquerda repetem sistematicamente a falácia de que há consenso científico sobre a ineficácia do tratamento precoce contra o vírus chinês.
Ribeiro ainda explicou que a instituição se pauta na Ciência, mas a Ciência ainda não pode garantir se medidas como lockdown são eficientes e declarar que tratamento precoce não tem eficácia, isso porque a Covid-19 é uma doença nova.
“Onde está a grande contribuição da Ciência? No desenvolvimento das vacinas e no tratamento de pacientes críticos. O uso de anticoagulantes, o uso de corticoides, a posição crona, a intubação tardia, nós temos avanços. Quanto a fase inicial da doença, por mais que as pessoas digam que existe consenso na literatura em relação ao lockdown, ele não existe. Não existe estudos que provem que o lockdown tenha efeito melhor do que a proteção dos vulneráveis, uso de máscaras e distanciamento social”, esclareceu.
“Em relação ao tratamento precoce, o que nós questionamos é essa história de que está estabelecido na literatura que o tratamento precoce não tem efeito contra a Covid-19 na fase inicial. Essa argumentação não é verdadeira. Existem trabalhos que mostram o benefício dessas medicações na fase inicial da doença, mas também existem outros que não mostram”, disse Ribeiro. O médico afirma que o CFM tem obrigação legal de analisar a literatura que sai no mundo sobre o vírus.
Mauro Ribeiro também criticou a Associação Médica Brasileira (AMB) depois que a entidade recomendou o “banimento” dos medicamentos que compõem o chamado kit-covid.
A AMB publicou uma carta na terça-feira (23), dizendo que cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina não têm eficácia científica comprovada no tratamento ou prevenção da Covid-19 ou em quaisquer dos estágios da doença.
Mauro Ribeiro não concorda com este posicionamento e disse que a entidade não tem legalidade para fazer esse tipo de recomendação. “Quando a Associação Médica Brasileira sai com aquele documento, ela tem todo o respeito da CFM, mas não restam dúvidas de que ela tenta avançar nas questões legais, porque quem tem atribuição legal no Brasil, de determinar o que pode ser usado, ou não, na população brasileira, é o CFM. Quando elas dão uma opinião sobre um assunto, é uma opinião, um posicionamento, mas os médicos não tem que seguir aquilo que eles estão orientando”, afirmou.
O presidente do CFM defende que os médicos sejam livres para escolher a melhor opção de tratamento aos seus pacientes, e afirma que os profissionais da saúde não têm, obrigatoriamente, que seguir o que diz o Conselho Federal de Medicina.
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