Por Ricardo Roveran – Terça Livre
Em contato com o Terça Livre na tarde de hoje (31/1), o presidente da Funarte, Dante Mantovani, enviou um texto respondendo a polêmica sobre o rock que a mídia tradicional publica exaustivamente.
Confira abaixo
Nota de esclarecimento sobre minhas opiniões em relação ao rock:
Recentemente, meu nome foi envolvido em uma suposta polêmica sobre o veto a bandas de rock em um edital da FUNARTE, fundação presidida por mim. Apesar dos fatos terem sido esclarecidos, através da publicação de nota em diversos veículos de imprensa que anteriormente haviam alardeado a notícia, sem a devida checagem, de que o rock estava sendo censurado por um órgão de ESTADO, faz-se necessário esclarecer outro ponto de suma importância, pois foi o que deu um falso embasamento à tese da censura.
Algum tempo antes de não apenas assumir a FUNARTE, mas de ser cogitado para o cargo, eu gravei um vídeo voltado a alunos e seguidores meus, já que leciono música e vivo dela há muitos anos, abordando o tema “associação entre bandas de rock e algumas formas sediciosas de comportamento”.
Até assumir o cargo, nenhuma polêmica foi criada em torno do tema, já que eu me baseara em um livro escrito pelo psiquiatra franco-vietnamita Minh Dung Nghiem, chamado “Música, inteligência e personalidade”, além de acontecimentos no mínimo estranho envolvendo estrelas do gênero.
O eixo Central do vídeo não era o rock em si, mas o comportamento ocasionado por ele, e de como regimes totalitários utilizaram um ritmo criado para ser o simples entretenimento de jovens americanos do pós-guerra, portanto um produto capitalista, para subverter o comportamento de uma geração inteira em prol da destruição do Ocidente. Isso está documentado em diversos livros, que ligam diretamente tal subversão à KGB e à União Soviética.
Muito há para ser desvendado sobre o tema, mas o que sabemos com ampla e sólida documentação é que através de alguns movimentos dentro do rock, dentre eles o movimento hippie e a psicodelia, houve a infiltração do orientalismo, da glamourização das drogas, da relativização da chamada “moral burguesa” (que na verdade é a moral cristã), do sexo desenfreado, do aborto e do satanismo, aqui entendido não apenas como adoração ao demônio, mas como subversão dos princípios judaico-cristãos que embasam a civilização ocidental, junto com o direito romano e a filosofia grega.
Voltando a citar o livro do psiquiatra Minh Dung Nghiem, ele chegou à conclusão que ritmos como o rock, o rap e o techno, consumidos à exaustão, contribuíram com uma perda significativa de aproveitamento escolar na juventude francesa. Esse é um estudo sério e não explana o simples gosto particular de um fã de música.
Em suma, esse texto tem o intuito de esclarecer que eu não sou inimigo do rock enquanto ritmo musical em si. Inclusive, já ajudei a viabilizar alguns festivais desse ritmo em uma cidade do interior – E JÁ TOQUEI EM BANDA DE ROCK!
Meu vídeo tinha um contexto bem específico, que foi abandonado pela mídia quando assumi a presidência da FUNARTE. Há diversas bandas compostas por talentosos músicos e compositores, com arranjos musicais sofisticados e que obviamente não levam “ao aborto, às drogas e ao satanismo”. Há também bandas simplórias mas com a simples missão de entreter, sem um viés pernicioso oculto em suas canções. A subversão comportamental é o problema, e pode ser feita com qualquer gênero. É a manipulação de comportamento que denunciei no passado, e não desmereci gênero algum.
A pressa de alguns veículos de mídia em assassinar minha reputação demonstra a verdade indubitável de que os meios de comunicação de massas manipulam comportamentos de maneira sub-reptícia, haja vista a pesada campanha de difamação movida há anos contra o Presidente Jair Bolsonaro e que agora volta-se contra minha pessoa.