Líder chinês se depara com manifestação de praticantes de Falun Dafa em Brasília

Por Epoch Times
17/07/2014 14:03 Atualizado: 15/09/2023 14:47

Em sua visita ao Brasil julho de 2014, o líder da República Popular da China, Xi Jinping, e sua comitiva se depararam na saída da Praça dos Três Poderes, em Brasília, com praticantes do Falun Gong exibindo faixas e pedindo o fim da perseguição ao Falun Gong na China.

Quatro praticantes conseguiram ir ao encontro do líder para mostrar as faixas de protesto na tarde desta quarta feira (16). De 9h às 18h, os praticantes mantiveram suas posições, exibiram faixas e cartazes e explicaram aos policiais e transeuntes sobre a perseguição à prática na China.

Diferentes setores da defesa pública brasileira foram enviados para acabar com a manifestação pacífica dos praticantes. A comitiva presidencial da China estacionou vans em fila para impedir que os manifestantes pudessem ser vistos da Praça dos Três Poderes.

Segundo uma das manifestantes, Beatriz Saliés, psicóloga e praticante do Falun Gong, mais de 150 policiais estiveram presentes para impedir a manifestação desde a manhã até a tarde. “Assim, pudemos esclarecer os fatos aos policiais sobre a perseguição aos praticantes do Falun Gong na China. Foi maravilhoso.”

Ao entardecer, uma jornalista inglesa, que mora no Brasil, entrevistou os manifestantes para fazer uma matéria sobre a perseguição ao Falun Gong, que seria enviada para Hong Kong. Ela fotografou cenas da manifestação e ficou curiosa do por que a comitiva chinesa colocou várias vans enfileiradas ao longo da calçada onde os praticantes se manifestavam.

O Falun Gong, também conhecida como Falun Dafa,  é uma disciplina espiritual pacífica baseada nos princípios de verdade, compaixão e tolerância. Na década de 90, a prática se tornou muito popular na China. Em 1999, o regime comunista, sob as ordens do então líder chinês Jiang Zemin, iniciou uma perseguição brutal aos praticantes do Falun Gong em toda a China. A grande popularidade do Falun Gong, que foi apresentado ao público em 1992 e tinha entre 70 e 100 milhões de adeptos em 1999, mais do que o número de membro do Partido Comunista Chinês, teria amedrontado o líder chinês, que então tomou medidas autoritárias para reprimir a prática.

Desde então, praticantes do Falun Gong na China têm sido presos, torturados, enviados para campos de trabalho forçado e inclusive sido vítimas da extração forçada de órgãos que supre o mercado de transplante da China. Ao redor do mundo, praticantes do Falun Gong têm tentado sensibilizar as pessoas sobre a perseguição. Quando autoridades do Partido Comunista Chinês visitam outros países é comum haver manifestações pacíficas de praticantes do Falun Gong que exibem faixas e cartazes e pedem o fim imediato desta perseguição genocida. Manifestações pacíficas recentes ocorreram em visitas de autoridades chinesas à Coreia do Sul, Taiwan, Portugal e Finlândia.