Por Bruna de Pieri, Terça Livre
O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta terça-feira (1º) o tratamento dado à médica Nise Yamaguchi, que participou como convidada na CPI da Covid no Senado. A sessão foi marcada por desrespeito, constrangimento e ataques à médica.
Ao comentar o caso com apoiadores no Palácio da Alvorada, o presidente da República disse que Nise Yamaguchi foi humilhada por um PhD em corrupção. “É uma covardia. Um cara com 17 inquéritos no Supremo, PhD em corrupção. Ficaram uma hora batendo na doutora Nise, perguntando se ela sabia de mudança de bula [da cloroquina] por decreto. Eu não sabia que se mudava bula por decreto”, ironizou o presidente.
O mandatário também saiu em defesa da médica nas redes sociais. “Minha solidariedade à Dra. Nise, médica e cientista com extenso currículo, que participou de um verdadeiro tribunal de exceção. É inadmissível que profissionais de saúde sejam tratados de forma tão covarde”, declarou.
O assunto foi tema de comentários durante o Boletim da Manhã desta quarta-feira (2). O analista político Italo Lorenzon lamentou os fatos ocorridos na CPI de ontem. “Foi muito triste o que aconteceu ontem, vou voltar a falar que a participação do senador Otto Alencar e de outros ali, como o próprio Omar Aziz, foi lamentável. São PhDs em corrupção”, disse. E acrescentou: “A CPI serve apenas para teatro hoje em dia, ela sempre serviu apenas para fazer narrativa, isso sempre foi, infelizmente, a função de uma CPI, porque nós já temos aí, não é de hoje, um Congresso bastante complicado, para usar um eufemismo aqui. Agora, o que temos aqui é um circo televisionado que só serve para isso, mas a parte boa de tudo isso é que safadezas como essas do Otto Alencar não passam despercebidas. Vejam a que situação lamentável chegou o nosso Senado”.
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