‘Prescrição eletrônica’ abriu janela para fraudes com dados pessoais

Brecha foi escancarada enquanto a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais não entra em vigor

04/04/2020 14:00 Atualizado: 04/04/2020 14:00

Por Diário do Poder

Enquanto a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) não entra em vigor, empresas oportunistas da área de “HealthTech” faturam com a venda de dados dos pacientes, sem os médicos saberem. Outras, como a Memed e a Nexodata, oferecem “gratuitamente” às clínicas e hospitais módulos de prescrição eletrônica, que permitem a emissão de receitas por meio digital. O problema é que esse tipo de produto permite o acesso aos dados dos pacientes quando os módulos se integram à plataforma de prontuário eletrônico usada pelos médicos. Esses dados valem ouro. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Dados dos pacientes são ambicionados, e os oportunista acabam por vende-los à indústria farmacêutica e a redes de farmácias.

Prevista para entrar em vigor este ano, a LGPD foi adiada para agosto de 2021, deixando brecha para os oportunistas que atuam no segmento.

Depois que a pandemia de coronavírus se estabeleceu, as fraudes com os dados dos pacientes aumentaram exponencialmente.