Pouco antes de rede social X ser proibida no Brasil, Pacheco elogiava Alexandre de Moraes

Por Redação Epoch Times Brasil
30/08/2024 21:44 Atualizado: 30/08/2024 21:44

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez elogios ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nesta sexta-feira (30), no mesmo dia em que o magistrado ordenou a suspensão da rede social X em todo o Brasil.

Pacheco, alvo de críticas nas redes sociais por sua postura em relação ao processo de impeachment contra o ministro, aproveitou a cerimônia de entrega do Colar do Mérito do Ministério Público de São Paulo a Moraes para manifestar sua admiração. 

Em seu discurso, ele destacou o que caracterizou como atuação “firme” e “vigorosa” de Moraes durante as eleições de 2022, quando o ministro ocupava a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Pela notoriedade alcançada pelo ministro Alexandre de Moraes como alguém que foi muito importante para a Justiça Eleitoral naquela instante, que é muito importante para o STF, que nós possamos somar os esforços entre Poder Legislativo, Judiciário e Executivo, para entregarmos o Brasil ao ambiente do diálogo, da civilidade, do respeito às instituições”, afirmou o senador.

Ele ainda enfatizou o papel decisivo de Moraes durante as eleições de 2022, apontando que, para ele, esse período representou sérios riscos para a democracia brasileira. 

“Pude testemunhar o grande vigor e a importância que teve o ministro Alexandre de Moraes à frente do TSE em um momento de muitas dificuldades, em que a nossa democracia correu sérios riscos, isso é inegável”, completou Pacheco. 

Pouco depois dessas declarações, Moraes ordenou a suspensão da rede social X em todo o território nacional, impondo uma multa de R$ 50 mil a quem utilizar VPN (virtual private network) para driblar a censura e acessar o aplicativo.

A decisão ocorreu depois que o bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma, fechou o escritório da empresa no Brasil por temor de uma possível ordem de prisão contra seus funcionários e se recusou a nomear um representante legal para atender às intimações da Justiça brasileira.