Porto Alegre voltou a registrar alagamentos nesta quinta-feira (23) após novas chuvas fortes atingirem a região. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram vários bairros tomados pela água. Algumas regiões que já estavam secas voltaram a registrar enchentes com as fortes chuvas das últimas horas.
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o volume de chuva em 15 horas ultrapassou os 100 milímetros na Zona Sul da capital.
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O diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), Maurício Loss, afirmou que equipes da prefeitura estão trabalhando para ampliar o funcionamento de casas de bomba para drenar a água acumulada.
“A chuva tem se intensificado em Porto Alegre nas últimas horas, além do que os modelos previam. “Nossas equipes também seguem atuando na limpeza das redes com caminhões hidrojato para tirar todo aquele material, aquele lodo, aquela areia que ficou acumulado nos últimos alagamentos”, informou Loss.
O último levantamento da Defesa Civil do Rio Grande do Sul apontou que o número de mortos subiu para 163.
Balanço da Defesa Civil
- Municípios afetados: 468
- Afetados: 2.342.460
- Desalojados: 581.643
- Pessoas em abrigos: 65.762
- Pessoas resgatadas: 82.666
- Animais resgatados: 12.440
- Feridos: 806
- Desaparecidos: 72
- Óbitos confirmados: 163
- Óbitos em investigação: 0
- Efetivo: 27.708
- Viaturas: 4.069
- Aeronaves: 17
- Embarcações: 255
O DMAE ainda informou que um dos grandes problemas é que o barro levado pela cheia está trancando as galerias pluviais, que funcionam no escoamento da água da chuva.
“Há um grande acúmulo de areia e de lodo depositados sobre essa rede, diminuindo ainda mais a eficiência dessa rede”, explica Loss.
Nesta quinta-feira (23), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), assinou documento que possibilita a construção de 538 residências após a devastação causada pelas enchentes, somando mais de 2 milhões de pessoas afetadas. As novas moradias serão destinadas às famílias que perderam suas casas, abrangendo cidades nos vales do Taquari, Rio Pardo, Caí e Paranhana.
A previsão é que todas as 538 casas fiquem prontas no prazo de 120 dias a contar da conclusão da preparação do terreno.
“Vamos dar toda a ênfase não só para que tenhamos abrigos com a qualidade que essas pessoas demandarão pelos próximos meses, mas também para proporcionar um recomeço, uma moradia definitiva, para as pessoas atingidas”, disse Eduardo Leite.
