BRASILIA – O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse em 1o de janeiro que os Estados Unidos continuarão a cooperar com Israel na Síria e no Irã no Oriente Médio, enquanto o presidente Donald Trump planeja retirar as tropas norte-americanas da Síria.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ao se reunir com Pompeo na capital brasileira, que planejava discutir como intensificar a cooperação entre inteligência e operações na Síria e em outros lugares para bloquear a “agressão” iraniana.
Em seus primeiros comentários públicos sobre a decisão de Trump, Pompeo disse que “nada muda relacionado ao que este governo esteja trabalhando junto com Israel”.
“A campanha do contra-ISIS continua, nossos esforços para conter a agressão iraniana continuam e nosso compromisso com a estabilidade do Oriente Médio e a proteção de Israel continua da mesma forma que antes que a decisão fosse tomada”, disse ele.
Trump anunciou no mês passado que planejava retirar as tropas norte-americanas da Síria, declarando que elas tiveram sucesso em sua missão de derrotar o Estado Islâmico e não eram mais necessárias no país.
“Temos muito a discutir”, disse Netanyahu, que, como Pompeo, estava na capital brasileira para a posse de Jair Bolsonaro como novo presidente do Brasil.
“Estaremos discutindo nossa intensa cooperação entre Israel e os Estados Unidos, que também lidará com as questões após a decisão, a decisão americana sobre a Síria e como intensificar ainda mais nossa inteligência e cooperação operacional na Síria e em outros lugares para bloquear a agressão iraniana no Oriente Médio ”.
Netanyahu disse que Israel estava muito agradecido pelo “forte e inequívoco apoio” que Pompeo deu aos “esforços de auto-defesa contra a Síria” de Israel nos últimos dias.
O porta-voz do Departamento de Estado, Robert Palladino, disse que Pompeo e Netanyahu discutiram a ameaça inaceitável que a agressão e a provocação regional do Irã e seus agentes representam para a segurança israelense e regional, e Pompeo reiterou o compromisso dos Estados Unidos com a segurança e o direito de autodefesa de Israel.
Netanyahu disse no mês passado após o anúncio de Trump que Israel iria intensificar sua luta contra as forças alinhadas com o Irã na Síria após a retirada das tropas dos Estados Unidos.
Israel vê a disseminação da influência do Irã no Oriente Médio como uma ameaça crescente e realizou dezenas de ataques aéreos na Síria, contra supostos desdobramentos militares e entrega de armas realizadas pelas forças iranianas que apoiavam Damasco.
Por Mary Milliken. Da Reuters.
