O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito para investigar o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) por alegações de abuso de autoridade. A investigação foi anunciada no perfil do X do vereador no domingo (23) e começou após uma representação do Instituto Padre Ticão, acusando Nunes de divulgar informações falsas sobre o padre Júlio Lancellotti e propor uma CPI sem provas concretas. O instituto alega que Nunes estaria buscando ganhos políticos ao atacar Lancellotti, conhecido por seu trabalho social na Cracolândia.
Rubinho Nunes, em sua defesa, usou as redes sociais para se pronunciar. Ele afirmou: “Acabo de ser informado que um Instituto chamado ‘Padre Ticão’ representou contra mim no MP por abuso de autoridade, simplesmente porque eu propus uma CPI para investigar o Sr. Júlio Lancellotti e as ONGs que lucram com a miséria no Centro de SP. Isso é um completo absurdo!”
Nunes argumenta que, ao invés de investigar as graves denúncias contra Lancellotti, o Instituto e o Ministério Público estão focados em investigar o denunciante. Ele destaca que a abertura de uma CPI é uma prerrogativa legal de um parlamentar, que possui imunidade constitucional para suas opiniões e votos.
O vereador alega que a denúncia é uma tentativa de intimidação para proteger Lancellotti e as ONGs que, segundo ele, lucram com a miséria na Cracolândia. “Tudo isso é uma tentativa bizarra de intimidação para acobertar tanto o Sr. Lancellotti quanto as ONGs que atuam na região central e lucram com a miséria. Isso pode até funcionar com outros políticos, mas comigo apenas serve de motivação para investigar,” declarou Nunes.
Ele também mencionou que está estudando a possibilidade de apresentar uma representação criminal contra os responsáveis pelo Instituto por denunciação caluniosa eleitoral, alegando que a denúncia foi feita estrategicamente próxima às eleições para prejudicá-lo.
O Instituto Padre Ticão, por sua vez, defende a importância do trabalho realizado pelo padre Júlio Lancellotti, que há anos dedica-se a apoiar e assistir pessoas em situação de vulnerabilidade na Cracolândia. Eles argumentam que as ações do vereador são politicamente motivadas e visam descredibilizar o trabalho das ONGs na região.