A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) investiga a ligação de um homem preso em flagrante neste domingo (26), após provocar incêndios criminosos, com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Alessandro Arantes, de 42 anos, disse que estava cumprindo ordens da facção.
Alessando foi visto por moradores ateando fogo em uma área de mata preservada na região rural de Batatais, município situado na região administrativa de Ribeirão Preto.
Os agentes chegaram ao local quando o incêndio já havia se alastrado pela mata. Mesmo assim, eles conseguiram controlar a situação e capturar o criminoso, que ainda carregava uma garrafa de gasolina e um isqueiro.
No celular de Alessandro, os policiais encontraram um vídeo em que ele comemorava o ato de incendiar a mata.
A Polícia Militar (PM) informou que o preso possui um histórico de passagens por roubo, furto, homicídio e posse de drogas.
Três presos em SP
Além de Alessandro, outras três pessoas foram presas nas cidades de São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira. De acordo com o governo do Estado, todos os detidos portavam gasolina e ateavam fogo de forma criminosa.
Entre eles, está um idoso de 76 anos, flagrado colocando fogo no lixo em uma área de mata no bairro Jardim Maracanã, em São José do Rio Preto. A polícia também está à procura de um motociclista filmado incendiando um terreno na zona sul da cidade.
A Polícia Federal (PF) abriu dois inquéritos para investigar se os incêndios estão relacionados a ações orquestradas por grupos criminosos. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, descreveu a situação de São Paulo como “atípica” e ressaltou a necessidade de uma investigação minuciosa.
Segundo o governo estadual, a suspeita é de que os incêndios tenham ocorrido simultaneamente em locais distintos, o que sugere a possibilidade de uma ação organizada.
O fogo em seis pontos de incêndio em diferentes regiões paulistas foi controlado até a noite de domingo, conforme anunciado por Freitas. O governador decretou situação de emergência por 180 dias nos municípios afetados.
A onda de incêndios no interior começou na sexta-feira (23) e deixou 48 cidades em estado de alerta para queimadas. Duas pessoas e centenas de animais morreram.
Crime em Goiás
Neste sábado (25), em Goiás, um homem foi preso por atear fogo em fazendas. Na delegacia, Lucas Vieira de Lima, de 29 anos, revelou ter recebido R$ 300 para cometer os crimes em terras de um desafeto político de seu contratante, o pedreiro Rogério Silva, de 33 anos, também residente da região, conforme seu depoimento.
O suposto mandante negou a acusação: “Eu nem atuo no meio político”, afirmou o pedreiro. “Eu faço trabalho braçal, sei o que o pessoal passa com queimada. Não tenho nada a ver com isso, Deus me livre.”
Assim como o criminoso de São Paulo, Lucas também foi preso em flagrante. Os agentes viram quando ele começava a atear fogo em um pasto na rodovia BR-158, entre as cidades de Piranhas e Bom Jardim.